Fisioterapeuta recebe alta após 2 meses internado com 95% dos pulmões comprometidos

Antes de receber alta, no dia 12 de julho, Ilo Alcântara chegou a ter falência múltipla de órgãos. A cura do fisioterapeuta é considerada por sua esposa como um milgare: "Eu considero, sim, que tudo isso foi um milagre"

O fisioterapeuta Ilo Terceiro Alcântara, 50, ficou internado no Hospital Regional do Cariri (HRC), da Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), por mais de dois meses por complicações da Covid-19. Segundo o repórter Guilherme Carvalho, em uma matéria especial da Rádio O POVO/CBN, o homem não apresentava nenhuma comorbidade, mas teve 95% dos pulmões comprometidos, acometimento dos rins, falência hematológica e falência múltipla de órgãos. Tendo alta no dia 12 de julho, o paciente segue se recuperando em casa com o apoio de equipes médicas do Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) do hospital.

De acordo com o portal do Governo do Estado do Ceará, Ilo deu entrada no HRC em estado grave no dia 3 de maio, sendo encaminhado imediatamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI). “A evolução da doença no Ilo foi muito rápida. Começou com uma dor nas costas. Uma semana depois, apresentou tosse e, no dia seguinte, já não conseguia respirar mais. Ao chegarmos no hospital, ele estava com uma saturação de 44% e, no momento da intubação, havia caído para 20%”, conta Elizangela Santos, esposa do fisioterapeuta.

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A companhia dele durante o tempo de internação foi de sua esposa, que é técnica de enfermagem. Ela, que também testou positivo para a doença, atribui a cura do marido a um milagre. “Eu considero, sim, que tudo isso foi um milagre, porque você ter 95% dos seus pulmões comprometidos e não sentir praticamente nada depois, com certeza eu acho que seja um milagre”, disse.

De acordo com a técnica de enfermagem, várias tentativas por meio de diversos tipos de medicação foram usadas para melhorar o quadro de seu marido, mas ele não apresentava respostas positivas. O médico responsável pelo tratamento chegou a explicar que tentariam utilizar mais um tipo de medicamento, mas caso não houvesse melhora, o caminho a ser seguido seria de uma medida paliativa, quando não existe mais possibilidade de recuperação.

Nesse momento difícil, Elizangela conta que a fé foi um dos pilares encontrados para dar forças à família. “A fé, juntamente com o trabalho da equipe, foi o principal. Em nenhum momento a gente deixou isso fraquejar dentro da gente. Então, ele sendo um milagre, a fé foi o que nos motivou até hoje”, explica.

O fisioterapeuta reagiu bem ao último medicamento utilizado no tratamento e recebeu alta na noite do dia 12 de julho. Atualmente, ele se encontra em recuperação em casa, já que ainda está traqueostomizado. Ilo tem recebido atendimento da equipe do Programa de Atendimento Domiciliar (PAD) do HRC e tem esperança de restabelecer sua saúde para poder abraçar sua família novamente. No entanto, há um abraço em especial que vem sendo esperado por ele durante todo esse tempo: o de sua filha.

“O desejo dele é poder voltar para a filha. O que está faltando para ele é poder abraçá-la e poder brincar com ela, porque eles dois são muito apegados. Eu costumo dizer que eles são irmãos”, finaliza Elizangela.

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