Vacina Covid: atestado precisa especificar o grau de diabetes e hipertensão; veja modelos

Terceira fase deve chamar, por comorbidade, pessoas entre 55 e 59 anos. Gestantes, puérperas e pessoas com Síndrome de Down independem da idade, mas devem aguardar convocação

Pronta para iniciar em 15 dos 184 municípios do Ceará, a terceira fase de vacinação contra a Covid-19 contempla indivíduos com comorbidade, como, por exemplo, diabetes e hipertensão. Pessoas com idade entre 55 e 59 anos, grávidas, puérperas, cardiopatas e com Síndrome de Down também começaram a ser chamadas nesta quarta-feira, 5, em Fortaleza. No entanto, muitas não foram imunizadas porque o atestado de comprovação não especificava qual o grau da comorbidade.

Atestado, prescrição ou relatório médico serão exigidos para pessoas com comorbidades (doenças crônicas) e com deficiência permanente na vacinação contra Covid-19 no Ceará. Há dois modelos disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) para guiar as informações que são exigidas no dia convocado para vacinação.

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Um dos modelos é a declaração de acompanhamento de médico assistente, enquanto o outro foi solicitado pelos municípios para locais onde não há médico no momento e um enfermeiro da Equipe de Saúde da Família pode se responsabilizar por assinar o documento. Essa declaração tem a validade de até um ano.

Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima para obter o documento exigido. Quem faz acompanhamento em rede particular pode solicitar o atestado a seu médico.

 

Modelo médico Clique aqui para baixar o PDF.

Modelo para Estratégia da Saúde da Família (ESF)Clique aqui para baixar o PDF.

A questão da comorbidade é o principal problema enfrentado nesta terceira fase. Metade da população neste grupo não especificou qual o grau na hora de cadastrar no Saúde Digital. Conforme a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), cerca de 75 mil pessoas precisam atualizar o cadastro.

 

Quem está sendo vacinado

 

"Hoje chamamos todas as gestantes com comorbidades que estavam cadastradas, que eram cerca de 450, e todas as pessoas com Síndrome de Down", afirma Erlemus Soares, coordenador da Rede de Atenção Primária e Psicossocial da Prefeitura. "Já as pessoas com comorbidades, estão sendo chamados os cardiopatas; primeiro de 55 a 59 anos, sendo os mais velhos na frente", explica. O Município está seguindo subgrupos de prioridades por condição médica e por idade para avançar na imunização.

Para Elenice Andrade, a manhã não foi tão feliz. Aos 59 anos e com hipertensão, a mulher recebeu a mensagem de confirmação de agendamento às 2h44min desta madrugada. Deixou os deveres do dia e foi até o Centro de Eventos portando um atestado médico. O documento não foi considerado válido por não indicar o grau da hipertensão. "Se você tem uma vacina para amanhã de manhã, era para ao menos explicar para a gente", diz chateada.

"Tem uma senhora ali na fila que não sabe nem o que é comorbidade. Os leigos somos nós e as vacinas são nosso direito. É preciso esclarecer", afirma. "Agora tenho que imprimir esse modelo, ir no médico, ele assinar com o grau e voltar amanhã."

O mesmo aconteceu com Rogério Freitas, 59, que levou uma prescrição dos medicamentos que toma diariamente. O documento indicava que Rogério tem hipertensão, mas não o grau da doença crônica. "Houve uma grande confusão na hora de explicar direito como é. Você não sabe se você é um hipertenso de alto ou baixo grau", lamenta.

"Vou conversar com o médico lá do posto, que me atende, para ver o que ele diz. Se não tiver a comorbidade nesse grau que atende, vou ter que ir lá no cadastro, desmarcar a comorbidade e esperar a vacinação normal da minha idade. E se, enquanto isso, eu pegar Covid?"

Documentos necessários

 

Para ser vacinado é necessário apresentar comprovação da condição médica. Assim, os agendados devem levar atestados, além de identificação original com foto, CPF e comprovante de endereço. Aqueles que possuem doenças crônicas ou deficiência permanente devem apresentar, de forma impressa, o atestado, relatório ou prescrição médica emitidos há no máximo um ano. Nesses documentos é necessário constar o tipo e o grau da comorbidade.

No caso das gestantes, é necessário apresentar um documento comprobatório da gravidez, como o cartão do pré-natal. Já no caso das puérperas (mulheres com até 45 dias após o parto), será necessário apresentar a certidão de nascimento do bebê.


Quais doenças são classificadas como comorbidade?

Anemia falciforme
Arritmias cardíacas
Cardiopatias congênita no adulto
Cardiopatia hipertensiva
Cirrose hepática
Cor-pulmonale e Hipertensão pulmonar
Diabetes mellitus
Doenças da Aorta, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Doença cerebrovascular
Doença renal crônica
Hipertensão arterial estágio 3
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com lesão em órgão-alvo e/ou comorbidade
Imunossuprimidos

 


Fase 3:

Pessoas com deficiência permanente e pessoas com comorbidades que apresentam maior chance para agravamento da doença, tais como portadores de doenças renais crônicas, cardiovasculares, dentre outras.

Confira os grupos prioritários nesta fase da vacinação:

*Grávidas e puérperas sem comorbidades foram incluídos nesta fase, mas em segunda etapa.
Insuficiência cardíaca (IC)
Miocardiopatias e Pericardiopatias
Obesidade mórbida
Pneumopatias crônicas graves
Próteses valvares e Dispositivos cardíacos implantados
Síndrome de down
Síndromes coronarianas
Valvopatias

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