UE avalia aceitar viajantes vacinados contra Covid; Índia se aproxima de 20 milhões de casos

A pandemia continua provocando estragos na Índia, que se aproxima da marca de 20 milhões de casos

A Comissão Europeia propôs aos países membros da UE, nesta segunda-feira (3), que permitam a entrada de pessoas procedentes de nações que não integram o bloco, desde que tenham sido vacinadas contra a Covid-19.

 

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A pandemia continua provocando estragos na Índia, que se aproxima da marca de 20 milhões de casos.

 

Em um comunicado, a Comissão Europeia - órgão executivo da União - propõe "permitir a entrada na UE por motivos não essenciais não apenas das pessoas procedentes de países com uma boa situação epidemiológica, mas também para as pessoas que receberam a última dose recomendada de uma vacina autorizada pela UE".

 

De acordo com a proposta enviada aos países do bloco, as pessoas que teriam a entrada permitida na UE para viagens não essenciais precisam ter recebido a segunda dose da vacina pelo menos 14 dias antes da viagem.

 

No momento, a UE autoriza formalmente quatro vacinas contra a Covid-19: as desenvolvidas por BioNTech/Pfizer, Moderna, AstraZeneca e Johnson & Johnson.

Flexibilizações na França e na Grécia

 

Além disso, em um contexto de leve melhora da pandemia no continente, França e Grécia começaram a flexibilizar nesta segunda-feira as medidas de restrição.

 

Na França, após um mês de fechamento, as escolas do ensino médio retomaram as aulas presenciais, uma semana depois da pré-escola e do ensino básico.

 

Também foram suspensas as restrições de circulação, que impediam os franceses de deslocamentos a mais de 10 quilômetros de suas casas, exceto por motivo de forma maior.

 

Na Grécia, os cafés e restaurantes retomaram suas atividades nas áreas externas.

Explosão de casos na Índia continua

 

Se a Europa parece respirar, a Covid-19 continua provocando estragos na Índia, que registra 19,9 milhões de casos e quase 219.000 mortes desde o início da pandemia. Um balanço per capita elevado para este país de mais de 1,3 bilhão de habitantes, mas inferior ao do Brasil, ou dos Estados Unidos.

 

Nas últimas 24 horas, o país asiático registrou 370.000 novos contágios e 3.400 mortes, enquanto a ajuda internacional prometida por mais de 40 países continua chegando.

 

A imprensa informou que 24 pessoas morreram no domingo (2) à noite por suposta falta de oxigênio em um hospital do estado de Karnataka, perto de Bangalore (sul).

 

No sábado (1), 12 pessoas faleceram em um hospital que ficou sem reservas de oxigênio na capital Nova Délhi.

 

A Suprema Corte indiana pressionou o primeiro-ministro Narendra Modi, ao ordenar no domingo que o governo abasteça Délhi com reservas de oxigênio até meia-noite de hoje (15h30 de Brasília).

 

Como outros países, a Nigéria anunciou no domingo restrição de acesso a viajantes procedentes da Índia, mas também do Brasil e da Turquia, outros países muito afetados pela epidemia.

Covid-19 no mundo

 

A pandemia de Covid-19 já matou mais de 3,19 milhões de pessoas em todo mundo, entre mais de 152 milhões de contágios confirmados.

 

A América Latina é um dos continentes mais afetados. O Brasil já registrou mais de 407.000 mortes provocadas pelo coronavírus, o segundo país do planeta mais afetado pela pandemia, atrás apenas dos Estados Unidos (mais de 576.000).

 

O México detectou no domingo o primeiro caso de variante indiana, no estado de San Luis Potosí, na região centro-norte do país.

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na semana passada que esta mutação do vírus já havia sido identificada em 17 países, incluindo vários da Europa.

Mais vacinas

 

Os esforços para conseguir uma vacinação mais rápida, sobretudo nos países menos desenvolvidos, conseguiram um apoio importante nesta segunda-feira. O programa Covax, que favorece a distribuição equitativa de vacinas, assinou um acordo com a empresa Moderna para adquirir 500 milhões de doses de sua vacina anticovid, conforme anúncio feito nesta segunda-feira pela Aliança das Vacinas (Gavi).

 

"Estamos muito felizes de assinar este novo acordo com a Moderna, que dá aos participantes do Covax acesso a outra vacina altamente eficaz", afirmou o diretor-executivo da Gavi, Seth Berkley.

 

A promoção da vacinação mundial mais rápida e justa contra a covid-19 teve no domingo em Los Angeles um show repleto de estrelas, no qual o príncipe Harry da Inglaterra se uniu à realeza pop, incluindo Jennifer López.

 

"Vax Live: The Concert to Reunite The World" ("O Concerto para Reunir o Mundo") contou com mensagens de vídeo do papa Francisco, do presidente americano, Joe Biden, e com aparições, in loco, de estrelas de Hollywood como Ben Affleck e Sean Penn.

 

Na área econômica, as restrições relacionadas à Covid-19 provocaram um grande estímulo para o comércio eletrônico no ano passado.

 

Em um estudo, a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD, na sigla em inglês) observa que o setor registrou um "avanço espetacular" em um contexto de restrições de deslocamento, apesar de a pandemia ter destruído setores inteiros da economia.

 

"Entre 2018 e 2019, a participação do on-line nas vendas totais do varejo aumentou 1,7 ponto percentual, enquanto entre 2019 e 2020 aumentou 3,6 pontos percentuais. O avanço é mais do que duas vezes mais rápido", explica o autor do estudo, Torbjorn Fredriksson, à AFP.

 


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