Ampliação dos leitos no Ceará está "perto do limite", alerta secretário Cabeto

Informação foi dada em entrevista à rádio O POVO CBN, na manhã desta segunda-feira, 1 º de março. Gestor pontuou ainda a dificuldade em realizar processo por conta da falta de profissionais disponíveis

O titular da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), Dr. Cabeto, concedeu entrevista à rádio O POVO CBN, na manhã desta segunda-feira, 1 º de março, para falar sobre a situação da pandemia no Estado. Ele afirmou que a ampliação dos leitos em unidades médicas está "perto do limite" e pontuou a dificuldade em realizar esse processo por conta da falta de profissionais disponíveis.

De acordo com o secretário, o Ceará vive comprovadamente a segunda onda da doença em quase todos os seus municípios - com índices que devem sofrer disparos na próxima quinzena. Para atender aumento de demanda, a rede de saúde do Estado passa por uma expansão de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), tanto em unidades médicas privadas quantos públicas.

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No entanto, esse processo de expansão tem enfrentado como problema a ausência de profissionais, principalmente na rede de saúde particular. "Nós temos alguns hospitais (particulares) com dificuldades de ampliar os leitos por conta da falta de profissionais, principalmente de intensivistas e fisioterapeutas especializados. Porque a demanda tá tamanha e o tempo da pandemia levou ao adoecimento de várias dessas pessoas, não só de covid mas de outras doenças", destacou Cabeto.

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Já a rede de saúde pública tem contornado problema por meio de relações que mantém com "sociedades de especialidades" - que disponibilizam trabalhadores e tem possibilitado a ampliação dos leitos. O secretário afirma que existe um limite para que esse processo ocorra e alerta que o Ceará está perto de atingi-lo.

"Não é fácil você sair de como a gente tava há um mês com 280 leitos de UTI para 823 atualmente. Isso tem um limite e acho que tá perto", pontuou o titular da pasta. Cabeto ainda destacou que o Estado deve chegar a 1.074 leitos em março, evidenciando uma "situação muito grave" da crise sanitária.

Limite de atendimento 

Já em relação ao limite de atendimento, Cabeto afirmou que o Ceará não pode ultrapassar o número que foi registrado durante os momentos mais críticos da primeira onda da doença no Estado. "Se tiver um acréscimo (de atendimentos) de 20% acima do que ocorreu no ano passado, será muito danoso", considerou o profissional.

Contudo, o gestor alerta que a rede de saúde pública tem enfrentado uma sobrecarga diferente da registrada em 2020. Isso porque os hospitais têm atualmente 30% a 40% dos seus leitos ocupados por pessoas que possuem outros tipos de doenças - índice que nas Unidades de Pronto atendimento (UPAs) está em torno de 50%. 

Em abril do ano passado, mês do pico da doença no Estado, os hospitais da rede pública recebiam quase que majoritariamente casos de infecção por Covid-19. De acordo com Cabeto, as unidades têm atualmente números da patologia iguais ao observado no pico, mas recebem um número maior de pacientes com outras enfermidades do que foi observado no período. "Nenhum sistema de saúde tem preparo para ter dois sistemas de saúde", destacou o secretário.

 

 

 

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