Sob transmissão comunitária, Messejana é bairro de Fortaleza com mais casos de Covid-19; confira lista

Bairro tem um total de 4.138 casos confirmados da doença desde o início da pandemia. Todos os 121 bairros de Fortaleza têm transmissão comunitária da doença

Diante de um crescimento da taxa de mortalidade nos bairros de Fortaleza há três semanas, o último boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) traz informações sobre os casos da doença nos 121 bairros. Os dados mostram que Messejana tem um total de 4.138 casos confirmados da doença e é, até então, o bairro de Fortaleza com mais casos de Covid-19.

O bairro, localizado na antiga Regional VI, tem um total de 45.675 habitantes. Foram registrados, desde o início da pandemia, 92 óbitos na região. Em seguida, os bairros Meireles (3.877 casos) e Aldeota (3.660 casos) ocupam respectivamente o segundo e terceiro lugares. As localidades da antiga Regional II têm alto índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e foram elas que concentraram os casos no início da primeira onda, em março de 2020. À época, foi possível perceber que a pandemia se iniciou por casos importados de pessoas que chegaram de outros países e de outras partes do Brasil já infectadas com o vírus.

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Quase um ano após os primeiros registros da doença, todas as localidades da Capital estão sob o que Antônio Lima, epidemiologista da Prefeitura de Fortaleza e integrante da SMS, cita de transmissão comunitária. "É uma transmissão muito focada na cidade como um todo, já temos transmissão em todos os bairros", explica.

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Os bairros Centro (2.136 casos) e Barra do Ceará (2.037 casos) continuam o ranking - esse último segue ocupando o título de bairro com mais mortes por Covid-19 em Fortaleza desde o início da pandemia.

O mapa de calor do boletim epidemiológico também reflete o índice: as áreas em vermelho evidenciam grandes conglomerados de mortes por Covid-19, encontrados em bairros onde a doença começou e onde foi mais difícil de ser controlada. O mapa mostra regiões como Meireles, Mucuripe, Vicente Pinzon, Barra do Ceará, Vila Velha, Cristo Redentor e Pirambu.

"O evento-morte é determinante e é onde você percebe que ali foi mais difícil o isolamento social, onde há mais densidades de população elevada e que foram os principais atingidos primeiramente, quando estávamos em situação difícil de leitos e dificuldades para o uso de EPIs [Equipamentos de Proteção Individual, como as máscaras e álcool em gel]", explica Antônio Lima.

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Jangurussu (1986 casos), Mondubim (1903 casos), Conjunto Ceará (1724 casos), Itaperi (1714 casos) e Prefeito José Walter (1641 casos) finalizam o ranking dos dez bairros com mais casos de Covid-19 em Fortaleza desde então.

Seis dos dez citados estão com a taxa de mortalidade acima da taxa da Capital (172,3).

Messejana: 201,4
Meireles: 234,5
Aldeota: 178,8
Centro: 281,4
Conjunto Ceará: 223,2
Prefeito José Walter: 292,2

Lima relembra que o cálculo da taxa de mortalidade é o resultado do número total de óbitos do bairro dividido pela população do bairro e multiplicado por 100 mil habitantes. "É complicado mensurar os índices em alto ou baixo. Mas podemos dizer que quando está acima da média, temos bairros em que a mortalidade tende a ser mais elevada", explica. "Às vezes uma mortalidade de 100 na Barra do Ceará significa 100 óbitos. E isso pode significar mito mais do que uma taxa de mortalidade de 400 em um bairro que registrou dois óbitos", cita.

 

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