Uso correto da máscara deve ser reforçado; conheça tipos de orientações

As próprias máscaras são adaptáveis para o uso no dia a dia e previnem o contágio diante do aumento de casos de Covid-19.

Há cerca de um ano foi implementado o uso de máscaras para diminuir a proliferação do coronavírus. Após os diagnósticos dos primeiros casos, o item segue sendo de uso essencial diante do aumento de casos da doença. Mesmo os vacinados devem manter a proteção, até mesmo para impedir novos contágios pelo Sars-CoV-2 e por outros vírus.

A Covid-19 é uma doença infecciosa transmitida pelo contato entre pessoas, normalmente por gotículas ou aerossóis que surgem ao tossirmos, espirrarmos e falarmos. Ou seja, usar a máscara funciona como uma barreira a essas exposições e risco de infecção, afinal, não temos como saber quem está doente ou não. Entretanto, um negacionismo presente em sociedade ou o costume do mal uso da máscara pode incentivar o aumento de casos.

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As máscaras são adaptáveis para o uso no dia a dia. Segundo o imunologista Edson Teixeira, do Departamento de Patologia e Medicina Legal da Universidade Federal do Ceará (UFC), o aporte de oxigênio não é diminuído com a máscara. O que ocorre é uma sensação relacionada ao processo de respiração e devido ao contato do tecido com o rosto, mas usar a máscara não gera doenças ou condições respiratórias futuras.

Ainda, são várias as opções de máscaras disponíveis no mercado. Mas elas devem obedecer a algumas funções: o item deve ser produzido nas medidas corretas para cobrir totalmente o nariz e a boca, sem deixar espaços nas laterais; de preferência, também deve ter algodão em sua composição ao invés de tecidos que possam irritar a pele, como poliéster puro e outros sintéticos.

 


 

As máscaras de pano se tornaram parte do vestuário do cearense, sendo as favoritas para o uso diário. A infectologista Evelyne Girão, do Hospital São José (HSJ), explica que não há necessidade da população recorrer aos modelos como N95 e as máscaras cirúrgicas - usadas principalmente no ambiente hospitalar.

"O Ministério da Saúde e a Organização Mundial da Saúde recomendam que, para ambientes não hospitalares, não existe indicação de uso para essas máscaras. A N95, por exemplo, é recomendada principalmente para profissionais da saúde que vão realizar procedimentos que têm um risco maior de geração de aerossóis [suspensão de partículas sólidas ou líquidas]", diz.

É preciso lembrar que o produto deve ser trocado a cada três horas ou deve ser trocado imediatamente quando umidificado. Conforme a Anvisa, o produto já não tem mais a mesma eficácia a partir da 30ª lavagem e a limpeza deve ser feita com água corrente e sabão neutro para que não haja contato com roupas ou outras peças.

Mesmo com o início da imunização no Estado, o uso da máscara não deve ser interrompido. Por ainda existirem poucas doses das vacinas, apenas grupos prioritários estão sendo vacinados no momento. Como o restante da população deve aguardar a imunização, as medidas de segurança contra a Covid-19 devem ser mantidas, pontua Edson.

"Só a vacina não vai ser suficiente para retirar o uso das máscaras. É preciso vacinar rápido e é preciso imunizar uma grande quantidade de pessoas. Se conseguimos 100% das pessoas que usarem, a gente conseguiria reduzir muito. Mas a gente vê pessoas com a máscara pendurada, no queixo... isso atrapalha e favorece o contágio", explica.

 

 

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