Londres volta ao confinamento por conta de nova variante do coronavírus

Governo britânico adotou medida como tentativa de conter a onda de contaminações pela doença que se espalha na região

O governo britânico decidiu reconfinar Londres e o sudeste da Inglaterra a partir deste domingo, 20, em mais um golpe para as festas de fim de ano, como uma tentativa de conter a onda de contaminações atribuída a uma nova variante do coronavírus.

"Parece que essa propagação é alimentada por uma nova cepa do vírus", que se transmite "muito mais facilmente", declarou o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, em coletiva de imprensa neste sábado, 19. "Nada indica que seja mais mortal ou que cause uma forma mais grave da doença" ou que reduza a eficácia das vacinas, ressaltou.

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Os habitantes da capital e do sudeste da Inglaterra, já submetidos a grandes restrições, estarão sob um novo nível de alerta, o quarto e mais alto. Terão que ficar em casa e os comércios considerados "não essenciais" não poderão abrir.

As compras de Natal deverão ser feitas até este sábado. Os pubs, restaurantes e museus dessas duas áreas estão fechados desde o último fim de semana. Todos os deslocamentos fora desta zona, dentro ou fora do território nacional, estarão proibidos.

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Nas zonas em alerta máximo, estão proibidas reuniões entre membros de diferentes agregados familiares e nas restantes áreas terão de ser realizadas num único dia.

"É com grande pesar que devo dizer que não podemos deixar o Natal se desenrolar como planejado", explicou Johnson, garantindo que "não tinha escolha" e pedindo aos britânicos que "sacrifiquem uma oportunidade de ver seus entes queridos neste Natal para protegê-los melhor e assim poder vê-los nas próximas festas de Natal".

O Reino Unido informou a Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre a propagação mais rápida da nova cepa. Outras mutações do SARS-CoV-2 foram detectadas em outras partes do mundo. O Reino Unido é o país da Europa mais castigado pela pandemia, junto com a Itália, com mais de 67.000 mortes. Neste sábado, superou os 2 milhões de casos.

Medidas restritivas

No total, cerca de 38 milhões de pessoas na Inglaterra, o que corresponde a 68% da população, já estavam sujeitas a rígidas medidas restritivas, como o fechamento de pubs, restaurantes e museus, e submetida a uma proibição de se reunir com pessoas fora do convívio diário, salvo em algumas exceções

Antes da Inglaterra, o País de Gales e a Irlanda do Norte decidiram o reconfinamento depois do Natal. No Reino Unido, cada província define sua própria estratégia para enfrentar a crise sanitária.

A administração de Boris Johnson tem recebido muitas críticas por sua gestão na crise, apostando na vacinação. Neste sentido, lançou uma campanha no último 8 de dezembro visando primeiramente os mais idosos e profissionais da saúde.

Após ter aprovado a vacina da Pfizer-BioNTech, a Agência Britânica de Medicamento (MHRA) deverá aprovar, no dia 28 ou 29 de dezembro, uma segunda vacina, desenvolvida pelo laboratório AstraZeneca com a Universidade de Oxford, segundo o jornal The Telegraph.

 

 

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