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Doria descarta lockdown, mas afirma que São Paulo não terá festividades de fim de ano

A decisão de colocar todo o estado na Fase Amarela ocorre após 62 municípios registraram aumento na taxa de transmissão do vírus e um acréscimo nos pedidos de internação e de óbitos pela doença

O anúncio de que todo o estado de São Paulo iria regredir uma fase no plano de abertura da economia foi feito nesta segunda-feira, 30, pelo governador paulista João Doria (PSDB) em coletiva de imprensa. A decisão de colocar todo o estado na Fase Amarela ocorre após 62 municípios registraram aumento na taxa de transmissão do vírus e um acréscimo nos pedidos de internação e de óbitos pela doença. 

Com a medida, todos os setores da economia que lidarem com público em sistema de prestação de serviços presenciais deverão ter a capacidade de funcionamento limitada em 40%. Os estabelecimentos comerciais deverão cumprir horário máximo de funcionamento de 10 horas por dia, não podendo funcionar após as 22h.

Ainda durante a coletiva, Doria, frisou que caso o índice de transmissão da Covid-19 continue se agravando no estado, medidas de restrição e isolamento mais severas serão adotadas, mas descartou a possibilidade de implementar um "lockdown" no estado.

A medida de determinar o fechamento total de todos os setores do estado foi reconhecida por ele como algo válido no combate ao novo vírus, mas sendo uma situação não prevista pra São Paulo. “Medidas restritivas estão sendo adotadas, anunciadas hoje e formuladas com participação da população. Medidas restritiva sim, mas lockdown, não”, comentou ao descartar totalmente a possibilidade.

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Festas de Fim de Ano

Ainda que tenha descartado o lockdown, o governador de SP prometeu ações severas de fiscalização diante das festividades de fim de ano. Segundo ele, o momento delicado vivido mundialmente não pode ser encarado em meio a comemorações e festas, sendo tais ações, somente possíveis, após a vacinação. 

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"O governo vai proibir toda e qualquer tipo de festa ou comemoração, sejam públicas ou privadas enquanto não houver vacinação. Tomaremos todas as medidas legais cabíveis para proibir qualquer celebração de Natal ou Fim de Ano que promova aglomeração", declarou. Na última semana, no dia 23, Salvador também confirmou que não irá permitir aglomerações e eventos durante o fim de ano e que a virada para 2021 será marcada por shows online.

Por fim, encerrando o pronunciamento, Doria utilizou o momento para criticar o presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem Partido), pontuando que o vírus causador da Covid-19 era a verdadeira ameaçada, "a quarentena protege, o vírus, mata", afirmou. “O inimigo da economia é pandemia, não é a quarentena. quem nós precisamos combater é o vírus, é ele que precisa ser levado a sério", complementou. 

Doria frisou ainda que a gravidade da pandemia é intensificada diante de comportamentos que minimizam a seriedade da doença, como os assumidos por Bolsonaro ao se referir a infecção como "uma gripezinha". Ele questionou ainda a falta de ação do governo federal em elaborar um plano para compra, produção e distribuição de uma das vacinas experimentais contra o novo coronavírus.

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Em sua fala, o governador de São Paulo pontua que somente a vacina será uma medida definitiva contra o vírus e que esta questão encontra-se além de questões politicas, sendo uma questão humanitária. Ele cobrou Bolsonaro para que o plano de vacinação seja elaborado e divulgado "imediatamente". "Onde está o plano nacional desumanização para a aplicação das vacinas para salvar as vidas dos brasileiros?", questionou Doria.

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