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Covid-19 é mais grave em homens jovens com obesidade mórbida, indica pesquisa

O estudo acompanhou 6.916 pacientes com Covid-19 na Califórnia; excesso de gordura parece ter relação com a doença
12:04 | Ago. 13, 2020
Autor Catalina Leite
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Catalina Leite Repórter do OP+
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Tipo Notícia

Homens jovens com obesidade são afetados com mais intensidade pela Covid-19, indica pesquisa realizada em hospital da Califórnia, nos Estados Unidos. Após acompanhar 6.916 pacientes com Covid-19 entre fevereiro e maio, os pesquisadores identificaram que a obesidade mórbida é um dos fatores de risco de morte para o novo coronavírus.

O estudo publicado nessa quarta-feira, 12, no periódico científico Annals of Internal Medicine  explica que a obesidade mórbida é um fator de risco. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram a influência de comorbidades relacionadas à obesidade, como diabetes, hipertensão ou hiperlipidemia, nas mortes por Covid-19, mas não encontraram traços significativos.

Comorbidades relacionadas ao estado de imunocomprometimento e infarto do miocárdio prévio aumentam o risco; entretanto, outras comorbidades frequentemente correlacionadas à obesidade foram associadas de forma menos proeminente à mortalidade”, explica Sara Tartof, autora principal do estudo. Dessa forma, os pesquisadores sugerem que exista uma ligação entre o excesso de adiposidade (gordura) e a doença grave de Covid-19.

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Por outro lado, os dados indicam que o risco pode não ser uniforme. Ainda que homens jovens com obesidade mórbida estejam mais propensos à alta gravidade do novo coronavírus, o mesmo não parece se repetir em pacientes do sexo feminino ou em idosos.

Em julho de 2020, experimentos conduzidos na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) confirmaram que o Sars-Cov-2 pode ser capaz de infectar células adiposas humanas e de se manter em seu interior. “Com mais e maiores adipócitos, as pessoas obesas tenderiam a apresentar uma carga viral mais alta. No entanto, ainda precisamos confirmar se, após a replicação, o vírus consegue sair da célula de gordura viável para infectar outras células”, comunicou a instituição na época, ao apresentar os dados preliminares da pesquisa.

Com informações da Agência Fapesp.


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