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Cerca de 9,3 milhões de adultos estão em risco com volta às aulas

Segundo estudo, quase 3,9 milhões de adultos com idade entre 18 e 59 anos com diabetes, doença do coração ou doença do pulmão moram em uma casa com pelo menos um menor em idade escolar.
16:04 | Jul. 22, 2020
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Cerca de 9,3 milhões de brasileiros que têm 18 anos ou mais podem estar em perigo com a volta às aulas. Esse número é referente a adultos ou idosos com problemas crônicos de saúde que vivem na mesma casa de crianças e adolescentes em idade escolar, o que os colocam no grupo de risco do novo coronavírus. O dado representa 4,4% da população total do País. A análise foi realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Laboratório de Informação em Saúde (LIS) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), baseando-se em dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2013).

Cerca de 2,1 milhões dessas pessoas em risco estão em São Paulo, sendo o estado com o maior número. Em seguida aparece Minas Gerais, com 1 milhão; Rio de Janeiro, com 600 mil; e Bahia, com 570 mil. 

Segundo o estudo, quase 3,9 milhões de adultos com idade entre 18 e 59 anos com diabetes, doença do coração ou doença do pulmão moram em uma casa com pelo menos um menor em idade escolar. Já os idosos, com 60 anos ou mais, representam 5,4 milhões das pessoas quue convivem com pelo menos um menor entre 3 e 17 anos.

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Segundo estudo da plataforma MonitoraCovid-19, mesmo que as instituições de ensino utilizem as medidas de segurança, os riscos se mantêm presentes devido ao uso do transporte público e a falta de controle sobre o comportamento de adolescentes e crianças. Caso contaminados, podem infectar os parentes em casa. Ainda de acordo com a pesquisa, “a discussão sobre a retomada do ano letivo no país não segue um momento em que é clara a diminuição dos casos e óbitos e ainda apresenta um agravante, que é a desmobilização de recursos de saúde e o desmonte de alguns hospitais de campanha”.

O epidemiologista do Icict/Fiocruz, Diego Xavier, que mesmo se 10% da população desses adultos precisarem de cuidados intensivos, as UTIs ficarão com cerca de 900 mil filas na fila. Outro fator agravante para a situação é a taxa de letalidade brasileira, o que acarretaria em 35 mil novos óbitos.

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Os dados podem ser encontrados no sistema MonitoraCovid-19, criado pela equipe do Icict/Fiocruz.

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