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Consumidores e vendedores falam sobre dinâmica do Centro após início da reabertura gradual

O plano de retomada gradual da economia no Ceará começou a ser implementado no dia 8 de junho, com a aplicação da primeira fase
14:53 | Jun. 17, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

A consultora de vendas, Aline da Silva, de 27 anos, trabalha com abordagem de pessoas e distribuição de panfletos no Centro de Fortaleza. No início do mês, ela não conseguia alcançar a meta que estava acostumada, de entregar pelo menos 2 mil panfletos diariamente. Mas, desde a última semana, o seu trabalho começou a melhorar, ela relata. Segundo Aline, a movimentação no Centro de Fortaleza é maior por volta do meio-dia: “As pessoas começam a chegar por volta do meio dia, acho que ela sabem que as lojas abrem às 10h; fica tudo lotado”, explica.

Isto ocorre devido ao plano de retomada gradual da atividade econômica no Ceará, que começou a ser posto em prática no dia 1º de junho, com um momento inicial de transição. A primeira etapa foi implementada no dia 8 deste mês, com retorno de mais 85,6 mil postos de trabalho. 

O vendedor autônomo, Wesclei Peixoto Alves, retornou ao trabalho pela primeira vez, desde o dia 17 de fevereiro. Durante o período, ele precisou utilizar a renda que estava guardada na poupança para o seu sustento, por não ter sido beneficiado com o auxílio emergencial. “Tive muita dificudades. Duas mortes na família, de um tio e um primo. Meu pai chegou a pegar Covid-19, eu fiquei assintomático, mas agora está tudo bem”, conta Wesclei. Ele acrescenta que, no primeiro dia de trabalho, conseguiu vender metade dos produtos antes das 9 horas. Apesar disso, considerou o movimento fraco, e estima que deve melhorar nos próximos 15 a 20 dias.

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Consumidores relatam preocupação com medidas sanitárias

Segundo O POVO apurou, a tendência de aglomeração nas ruas do Centro é percebida principalmente no início da manhã, quando os consumidores formam filas à espera da liberação da entrada nas lojas. Mesmo antes das 10h, os lojistas já se organizam para dar início às atividades comerciais, com portas semiabertas e instalação de manequins. Conforme as lojas abrem, os grupos passam a se dispersar.

A estudante de pedagogia, Camila Sousa, foi ao Centro em busca do serviço de conserto para celulares, e aproveitou a oportunidade para comprar o presente de aniversário do filho. Ela relata que não se sente segura, e considera voltar ao bairro comercial apenas em casos de urgência. “Aqui está mais movimentado, e é perigosa a aglomeração”, disse Camila.

Para Bruno Duarte, 24, as pessoas têm respeitado o isolamento social, mas ainda há muita gente que vai ao Centro sem usar máscaras, descumprindo as medidas sanitárias. “Quando é começo e fim de mês, o fluxo aumenta mais, porque é o período que as pessoas estão recebendo dinheiro e vem para o Centro fazer compras, para área doméstica, roupas e outras coisas”, ele explica. Para os consumidores, a população deve estar mais atenta para evitar a aglomeração.

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