ONU critica aumento da "censura" na China e outros países da Ásia pela pandemia

Em um comunicado que detalha as ações adotadas nos países, Bachelet indica que na China seu gabinete recebeu informações sobre casos de profissionais da saúde, universitários e cidadãos comuns que parecem ter sido detidos, e em alguns casos acusados, por terem publicado suas opiniões ou outras informações sobre a situação da pandemia no país

A Alta Comissária da ONU para os direitos humanos, Michelle Bachelet, afirmou nesta quarta-feira, 3, que a China e outros países asiáticos como Camboja e Filipinas intensificaram a "censura" desde o início da pandemia de Covid-19.

Em um comunicado que detalha as ações adotadas nos países, Bachelet indica que na China seu gabinete recebeu informações sobre mais de 10 casos de profissionais da saúde, universitários e cidadãos comuns que parecem ter sido detidos, e em alguns casos acusados, por terem publicado suas opiniões ou outras informações sobre a situação vinculada à Covid-19, ou que criticaram a resposta do governo à epidemia.

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"Em Bangladesh, Camboja, China, Índia, Indonésia, Malásia, Mianmar, Nepal, Filipinas, Sri Lanka, Tailândia e Vietnã foram relatadas detenções por expressar descontentamento ou supostamente difundir informações falsas por meio da imprensa ou das redes sociais", afirma o comunicado.

A Alta Comissária disse que reconhece a necessidade de restringir a desinformação prejudicial para proteger a saúde pública ou qualquer tipo de incitação ao ódio às minorias. Mas insistiu que isto não pode virar censura.

"Embora os governos possam ter um interesse legítimo em controlar a divulgação de desinformação em um contexto volátil e sensível, este deve ser proporcional e proteger a liberdade de expressão", disse Bachelet.

"Esta crise não deve ser usada para restringir a divergência ou o livre fluxo de informação e debate", disse, antes de insistir que "uma diversidade de pontos de vista fomentará uma maior compreensão dos desafios que enfrentamos e nos ajudará a superá-los".

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