Mais de 200 profissionais começam a testar pessoas em casa na Capital
De acordo com a secretária municipal da Saúde, a pesquisa é mais um elemento para que a Capital tenha uma retomada econômica seguraMais de 200 profissionais estão mobilizados para o estudo sobre o impacto do novo coronavírus em Fortaleza, promovido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Prefeitura da Capital, e pela Secretaria de Saúde do Ceará (Sesa), do Governo do Ceará. Com início nesta terça-feira, 2, a iniciativa prevê a coleta de 9.900 testes rápidos para diagnóstico da Covid-19 em 39 bairros da Capital. Os domicílios foram selecionados de forma aleatória.
Em entrevista ao O POVO na manhã desta terça-feira, a secretária municipal da Saúde de Fortaleza, Joana Maciel, argumentou que o resultado da testagem em massa será mais um elemento para que a Capital faça uma retomada econômica de forma mais segura. “Vamos saber que percentual da população ainda está suscetível à doença”, disse.
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Maciel ainda defendeu que a amostra escolhida para a pesquisa é bastante representativa e poderá identificar o curso da doença por cada Regional da Cidade. “A gente pede que a população colabore, todas as equipes foram treinadas e usarão Equipamento de Proteção Individual (EPI)”, disse. Além disso, todos os profissionais portarão crachá de identificação, panfleto informativo da pesquisa e termos de consentimento para participação, segundo a secretária.
Testagem
Moradores do bairro São João do Tauape, na Capital, foram os primeiros a serem testados para a pesquisa nesta manhã. Raimundo Pires, 78, vê a iniciativa de forma muito positiva, apesar de considerar que deveria ter começado há dias. “Sabendo que eu não estou com a doença, fico mais tranquilo”, declarou o homem, cujo teste deu negativo.
No caso de testagem positiva, os profissionais orientarão o paciente e seus familiares a realizarem os encaminhamentos necessários. O agente comunitário de saúde, que também integra as equipes da pesquisa, poderá até manter a pessoa contaminada em seus registros, para seguir monitorando a situação.
A primeira fase do estudo, que segue a mesma metodologia do trabalho coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o Ministério da Saúde, se estenderá até o dia 12 deste mês. Neste primeiro período, 3.300 testes serão aplicados. Até o dia 26 do próximo mês, as outras duas fases da pesquisa serão realizadas.