"Havendo uma vacina validada por estudo clínico e de acesso para o Mundo, a Fiocruz terá condições de produção", diz presidente da instituição
Segundo Nísia Trindade, a fundação vem se dedicado "diuturnamente" para apresentar soluções o mais rápido possível e promover ações que podem contribuir para o combate ao coronavírusA Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), que completou 120 anos nessa segunda-feira, 25 de maio (25/05), celebra a data em meio ao desafio vivido pelo Mundo de combater o novo coronavírus. A atual presidente da instituição, a socióloga Nísia Trindade, afirma que a FioCruz assume a responsabilidade de continuar pesquisas para o desenvolvimento de uma vacina no Brasil, assim como produzi-la caso outro país desenvolva o antídoto.
"Temos dois grupos de pesquisa na própria Fiocruz pesquisando vacinas e esperamos que esse trabalho seja exitoso. Seria fantástico produzir de grupos nacionais, mas, junto com o Ministério da Saúde, estamos trabalhando para formar um painel de avaliação de vacinas candidatas estrangeiras e, havendo uma vacina validada por estudo clínico e de acesso para o mundo, a Fiocruz terá condições de produção", disse Nísia Trindade.
Segundo Nísia Trindade, a fundação, que está presente em todas as regiões brasileiras, vem se dedicado “diuturnamente” para apresentar soluções o mais rápido possível e promover ações que podem contribuir para o combate ao coronavírus, como a construção do Centro Hospitalar para a Pandemia Covid-19, em parceria com o Ministério da Saúde.
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Assine“Além do centro hospitalar, vou mencionar também outras importantíssimas ações em curso, e também que sabemos, que a vacina é hoje um instrumento de saúde pública, fundamental para o enfrentamento dessa doença, que hoje impacta todo o mundo e estamos também em contato com o departamento de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde dedicados a essa prospecção de vacina”, declarou a presidente.
Entre as ações realizadas pela instituição, está o Ensaio Clínico Mundial Solidariedade, organizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Além de pesquisas que serão feitas para desenvolver resoluções para o problema de saúde, foram criados o Observatório Covid-19, a Rede Covida - Ciência, Informação e Solidariedade, o Infogripe e o MonitoraCovid-19.
Ainda de acordo com a presidente, o Brasil enfrenta o desafio de forma diferente por conta da desigualdade social, o que causa uma alta taxa de desemprego e trabalhos informais, além de doenças crônicas na população e também a dificuldade ao acesso à leitos na UTI. Nísia afirma que é importante fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), além de uma solidariedade que deve ser praticada pela população.
A Fundação Oswaldo Cruz conta com 50 laboratórios de referência e departamentos articulados em redes internacionais para a solução de problemas de saúde pública. Em 2019, produziu 129 milhões de doses de vacinas e 116 milhões de unidades farmacêuticas, e é hoje a instituição pública brasileira com o maior número de Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo. Nesta sexta-feira, 29, ainda como forma de celebrar os 120 anos e seu papel no combate ao coronavírus, apresentará depoimentos e uma palestra sobre os efeitos da pandemia. Confira programação:
- Exibição de vídeos com depoimentos de pesquisadores, intelectuais e artistas: 9h30min
- Sessão Especial do Centro de Estudos
Cenários econômico, social e político do Brasil antes e após a pandemia COVID-19: uma análise crítica e construtiva, com Eduardo Giannetti da Fonseca e José Paulo Gagliardi Leite
O evento pode ser acompanhado pelo link do YouTube da instituição.
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