Homem que agrediu enfermeiras é funcionário terceirizado do Ministério dos Direitos Humanos
Renan da Silva Sena agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras que participavam de ato em homenagem a profissionais mortos por causa do novo coronavírusHomem que atacou enfermeiras em manifestação pelo isolamento social é identificado como funcionário terceirizado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH). A agressão ocorreu na última sexta-feira, 1º, quando um grupo de enfermeiros fazia homenagem a 55 colegas de profissão mortos em decorrência do novo coronavírus, em frente à Praça dos Três Poderes, em Brasília. As informações são do portal de notícias da UOL.
Renan da Silva Sena agrediu com xingamentos e empurrões duas enfermeiras que participavam do ato, e cuspiu no rosto de uma estudante de Medicina que tentou defender as profissionais de saúde. Renan é engenheiro eletricista de formação e missionário da Igreja Batista Vale do Amanhecer. Ele presta serviço à Secretaria Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (SNDCA) desde fevereiro.
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Sem trabalhar desde meados de março, alegando estar doente, Sena não respondeu aos e-mails de seus superiores, nem executou as tarefas do cargo que é ocupante. No entanto, durante o período distante do trabalho, ele participou ativamente de diversos protestos pela intervenção militar e a favor do presidente Jair Bolsonaro. Entre eles o ato realizado em Brasília no dia 15 de março.
Ele também foi visto em manifestação realizada em frente à Embaixada da China, país a quem acusa de causar intencionalmente a pandemia do novo coronavírus. Sena também participou de outro protesto, em frente ao STF, instituição que ele classifica como “vergonha nacional".
Procurada pela UOL, a pasta comandada pela ministra Damares Alves informou ter pedido a demissão de Sena à empresa terceirizada, G4F Soluções Corporativas Ltda. No entanto, conforme a apuração da reportagem, a empresa não foi notificada do pedido de desligamento. A reportagem pediu à assessoria do ministério acesso a algum documento ou parecer que pudesse comprovar a demissão de Sena, mas não recebeu resposta.