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Farmacêutico que liberou cloroquina para médico morto por covid-19 é demitido

Funcionário trabalhava no Hospital do Cacau
21:12 | Abr. 22, 2020
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Tipo Notícia

O farmacêutico responsável por liberar a hidroxicloroquina para o tratamento do médico Gilmar Calasans Lima, 55 anos, que morreu em Ilhéus por conta da covid-19, foi demitido.

De acordo com o secretarário de Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, ele era funcionário do Hospital do Cacau e não poderia ter liberado as caixas do medicamente, uma vez que o protocolo exige que todos os remédios sejam administrados apenas em pacientes internados na unidade hospitalar.

"Não é que a hidroxicloroquina não possa ser comprada em farmácia, ela pode. Mas todos os remédios do hospital devem ser administrados apenas em pacientes internados. Por quebrar o protocolo, o funcionário foi demitido", informou ao CORREIO. Já o médico Rafael Klecius Reis Araújo, que prescreveu a substância, foi advertido.

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"Ele foi advertido por ter usado o receituário do Hospital do Cacau. Ele enquanto médico pode prescrever, mas não com a receita do hospital, já que os medicamentos da unidade são de uso exclusivo de pacientes internados", completou.

Gilmar fez uso de hidroxicloroquina e azitromicina para tratar a covid-19. Ele apresentava melhora do quadro, quando teve um mal súbito e foi levado para o Hospital do Cacau, onde já trabalhou. Ele não resistiu e morreu na última segunda-feira (20).

Gilmar foi o 46º óbito confirmado por covid-19 no estado, que já tem 1.645 casos confirmados e 53 vítimas fatais. O médico teve os primeiros sintomas da doença em 11 de abril.

Em nota, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) esclareceu que libera, mediante prescrição médica, o uso da associação dos medicamentos hidroxicloroquina e azitromicina para pacientes exclusivamente internados no Sistema Único de Saúde (SUS) com diagnóstico positivo para o coronavírus. “Cabe ressaltar que outras alternativas terapêuticas também são disponibilizadas para emprego no tratamento de pacientes hospitalizados, tais como Ivermectina e Tocilizumabe”, informa o comunicado.

Do Jornal Correio para a Rede Nordeste

 

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