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Defensoria Pública aciona Cagece e Defesa Civil após caso de Covid-19 em comunidade vulnerável

Após articulação dos Núcleos de Direitos Humanos e Ações Coletivas e de Habitação e Moradia, a Defesa Civil se comprometeu a fazer um serviço de esgotamento sanitário emergencial. Além disso, a Cagece iniciou a instalação de um chafariz no local

A Defensoria Pública do Estado do Ceará acionou a Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece) e a Defesa Civil para que minimizem os problemas sanitários da comunidade Raízes da Praia, na Praia do Futuro, em Fortaleza. No local vivem 84 famílias, cerca de 400 pessoas, muitas em casas de papelão e madeira. Nesta semana, um morador da comunidade foi diagnosticado com o novo coronavírus.

Após articulação dos Núcleos de Direitos Humanos e Ações Coletivas e de Habitação e Moradia, a Defesa Civil se comprometeu a fazer um serviço de esgotamento sanitário emergencial. Além disso, a Cagece iniciou a instalação de um chafariz no local.

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“É uma comunidade muito vulnerável, acompanhada pela Defensoria Pública há muitos anos, por conta de uma ação de reintegração de posse, inclusive eles já conquistaram decisão favorável para que a Prefeitura de Fortaleza adote toda a rede de infraestrutura básica. Depois desse caso de contaminação pelo novo coronavírus, a questão da água ficou ainda mais preocupante, porque os moradores não têm acesso à água encanada, como haverá a higienização necessária a prevenção da Covid-19?”, questionou a defensora Mariana Lobo.

No início desta semana, ao passo que mais duas pessoas apresentavam sintomas do novo coronavírus e eram consideradas suspeitas pelas autoridades médicas, a Prefeitura voltou ao local para drenar o material de buraco aberto. Mas levou apenas uma retroescavadeira, conforme relato de uma das lideranças da Raízes da Praia. Segundo ela, os funcionários informaram que todo o custo para drenagem, com canos e mão de obra, seria dos moradores. No entanto, a semana não foi toda ruim. Ajuda alimentícia e material higiênico foram doados aos moradores.

A comunidade busca a regularização fundiária e moradia digna há 11 anos. Em 2017, decisão judicial determinou a construção de conjunto habitacional pela gestão municipal, mas ainda não concretizado. Em março, moradores da Raízes da Praia, Defensoria Pública e movimentos sociais se reuniram com a gestão municipal para que a decisão judicial favorável à comunidade seja cumprida.

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