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Sindicato denuncia falta de equipamentos de proteção para motoristas de ônibus de Fortaleza

Durante manifestação na manhã deste segunda, representantes da categoria realizaram distribuição de máscaras e álcool em gel
08:46 | Abr. 14, 2020
Autor Ismia Kariny
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Ismia Kariny Estagiária O POVO online
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Tipo Notícia

Em protesto realizado na manhã da segunda-feira, 13, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários do Estado do Ceará (Sintro-CE) denunciou que 30% da categoria dos motoristas de ônibus seguem trabalhando sem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) adequado. A manifestação tentou chamar a atenção do poder público para o risco de contaminação dos profissionais do transporte público, que mesmo diante do decreto de quarentena, circulam em ônibus lotados.


Para o presidente do Sintro-CE, Domingos Neto, o ideal seria que a categoria estivesse em quarentena completa, sem o regime de contingenciamento. No entanto, considerando que o transporte público faz parte dos serviços essenciais, o Sindicato protesta para que as empresas providenciem equipamentos de proteção para evitar o contágio entre os trabalhadores. “A gente entende que precisamos transportar os outros trabalhadores que também são essenciais para seus locais de trabalho, e por isso somos contra trabalhar dessa forma, sem kits de higiene e máscaras”, afirma Domingos Neto.


O Sindicato promoveu na última quarta-feira, 8 de abril, uma campanha de arrecadação. A partir da ação, foram garantidas mais de 350 máscaras para os profissionais, a serem distribuídas durante o protesto, que ocorreu mediante a paralisação dos ônibus no Terminal do Siqueira. “Uma máscara dessas dura duas horas, no máximo dois dias, não é suficiente; estamos fazendo a denúncia para que as empresas venham oferecer mais segurança para nossa categoria, para que eles não corram o risco de contaminação”, reforça o presidente do Sintro.

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Domingos Neto também denuncia que algumas empresas estão adotando medidas trabalhistas que prejudicam os profissionais. “Algumas empresas não pagaram o salário do mês de março para os trabalhadores, acharam melhor não escalar; outras passaram a descontar feriados e todas as horas-extras”, afirma o presidente do Sintro. Ele destaca que, nesse cenário, uma alternativa para as empresas seria cumprir com a medida provisória 936, que permite a redução da jornada de trabalho e do salário, sem comprometer a remuneração dos profissionais.


Em nota, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), que representa as empresas, negou ter conhecimento sobre a falta de pagamento do salário dos motoristas, e declara não ter sido comunicada pelo Sintro sobre as condições de trabalho dos profissionais, que estariam trabalhando sem os equipamentos de proteção individual, como máscaras e álcool em gel.

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