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Isolamento social: em um único dia, pesquisa aponta melhora de até 50% da qualidade do ar em Fortaleza

Uece realizou monitoramento da qualidade do ar durante período de isolamento social. Os pesquisadores que participam da pesquisa analisaram a concentração de ozônio na camada mais próxima da superfície terrestre
18:07 | Abr. 13, 2020
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A Universidade Estadual do Ceará (Uece), por meio do Laboratório de Conversão Energética e Emissões Atmosféricas (Laceema), iniciou o monitoramento da qualidade do ar durante o isolamento social em Fortaleza, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Em apenas 24 horas, no último dia 9 de abril, a universidade observou uma diminuição de pelo menos 50% na concentração de ozônio, nos horários entre 6h e 13h.

O monitoramento é feito sistematicamente na entrada do campus Itaperi. O ozônio é um dos poluentes que está sendo observado devido a danosidade. Emitido, principalmente, por veículos automotores durante o processo de combustão, o gás presente na troposfera, camada atmosférica mais próxima da superfície terrestre, é capaz de diminuir os mecanismos de defesa do sistema respiratório e pode causar inflamações nos pulmões de pessoas e animais.

Desde 2015, a pesquisa sobre o ozônio é desenvolvida pelos pesquisadores do laboratório. Segundo a coordenadora do Laceema, professora Mona Lisa Moura, é preciso aproveitar o período de isolamento social para analisar a qualidade do ar neste momento de diminuição de atividades. “É fato que notamos melhoria da qualidade do ar em Fortaleza com a diminuição das atividades sociais, industriais e comerciais, mas quanto? É isso que queremos saber”, destaca a pesquisadora.

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Gráfico da pesquisa da Uece sobre a qualidade do ar durante o isolamento social em Fortaleza
Gráfico da pesquisa da Uece sobre a qualidade do ar durante o isolamento social em Fortaleza (Foto: Reprodução/ Uece)

A equipe do Laboratórios Associados de Inovação e Sustentabilidade (Lais), da Uece, formada pelos professores Mona Lisa Moura, Sales Ávila e Daniel Serra, esteve no campus Itaperi para monitoramento no último dia 9 de abril. “Em um único dia observamos uma redução na concentração do ozônio de pelo menos 50% nos horários entre 6h e 13h”, revelou Mona Lisa.

O acompanhamento da pesquisa sobre a qualidade do ar seguirá durante o período de isolamento social. A pesquisa garante a oportunidade de analisar o impacto do ozônio no comportamento respiratório humano, sobretudo, diante da Covid-19 que atinge prioritariamente o sistema respiratório. A expectativa do Laboratório é de apresentar os dados da pesquisa em julho ou agosto, fazendo comparação com outros cenários, de Fortaleza e de Lisboa.

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