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Prefeito de Manaus culpa Bolsonaro pelo avanço da Covid-19 no Amazonas

O gestor ainda afirmou que o presidente é aliado do coronavírus por desafiar as medidas de isolamento social. Amazonas tem 1.582 casos confirmados da doença e taxa de 5% de letalidade

O prefeito de Manaus Arthur Virgílio (PSDB) disse que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é aliado do coronavírus e o responsabilizou pelo avanço da Covid-19 no Amazonas. "O que é extremamente surpreendente nesta crise é o comportamento do presidente Bolsonaro. Ninguém imaginou que o presidente fosse desafiar o coronavírus", afirma em entrevista ao colunista da Uol, Josias de Souza.


O Amazonas já foi apontado pelo ministro da Saúde, Henrique Mandetta, como um dos estados com situação mais preocupante. "O SUS colapsou [em Manaus], e os hospitais particulares também estão bastante exauridos", alerta Virgílio. Apesar disso, a taxa de confinamento tem reduzido no Amazonas.


Segundo o prefeito, a taxa de isolamento social chegou a superar a marca de 70% recomendados, mas foi caindo para pouco mais de 50% "depois que o presidente começou a sair sucessivamente às ruas, numa campanha contra o isolamento".

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O estado é o quarto com mais casos confirmados de Covid-19 no Brasil (1.050) e já registrou 53 mortes. Assim, a taxa de letalidade do novo coronavírus no Amazonas é de 5%, maior que a do Ceará (4,2%), o terceiro estado com mais confirmados (1.582). Os dados são do Ministério da Saúde e foram atualizados às 18 horas do dia 11 de abril.


"As convocações que o presidente faz para as pessoas saírem do isolamento fortalecem o vírus, enfraquecem Manaus. O presidente Bolsonaro é, hoje, o principal aliado do vírus. Todos os que pensavam como ele no mundo mudaram de ideia. Líderes como Boris Johnson e Donald Trump voltaram atrás e se recolocaram na posição correta, reconhecendo a gravidade da pandemia", comenta Vírgilio.


"Bolsonaro insiste no erro. Ele poderia ter retroagido. Deveria ter sido mais humilde. Poderia pedir desculpas. Poderia ter feito qualquer coisa, menos insistir numa tese que já não é defendida por nenhum dirigente de país da importância do Brasil para cima", conclui.

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