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Bolsonaro sai novamente em público e cumprimenta fãs em Brasília

Presidente da República tem minimizado impactos do coronavírus e incentivado a circulação de pessoas, apesar de recomendações de isolamento social da OMS e do próprio ministro da Saúde do governo dele
23:38 | Abr. 09, 2020
Autor Bemfica de Oliva
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Bemfica de Oliva Repórter
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Tipo Notícia

O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), mais uma vez saiu a público nas ruas do Distrito Federal, apesar das recomendações dos governos estaduais e do Ministério da Saúde para o isolamento da população. Após encerrar o expediente no Palácio do Planalto, o chefe do Executivo federal compareceu a uma padaria em Brasília, onde cumprimentou pessoas e tirou fotos com funcionários do local.

Em vídeo compartilhado pelo filho de Bolsonaro, Eduardo, é possível ver que nem o presidente nem seus acompanhantes e seguranças utilizavam máscaras ou outros equipamentos de proteção contra infecção por coronavírus. Em coletiva de imprensa nesta semana, o Ministério da Saúde afirmou que o uso de máscaras é recomendado a todas as pessoas, mesmo que não apresentem sintomas.

Bolsonaro tem sido crítico constante das práticas de isolamento social, defendendo em discurso que a população deseja voltar ao trabalho. Apesar disso, o presidente tem adotado tom mais moderado nas críticas, focando na defesa do uso da cloroquina em pacientes de Covid-19. Em pesquisa do instituto Datafolha, três a cada quatro pessoas defendem a importância da quarentena

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A questão do isolamento social tem sido motivo de atritos dentro do próprio Governo Federal. O ministro da Saúde, Henrique Mandetta (DEM-MS), defende que sejam ouvidas as recomendações dos governos estaduais, que pregam que a população fique em casa. O presidente ameaçou e quase demitiu Mandetta, que chegou a ter as “gavetas limpas” em seu gabinete, mas permanece no cargo. O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu que Bolsonaro impeça as medidas de isolamento dos governos estaduais e municipais. Mais cedo nesta quinta-feira, o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, chegou a dizer que se fosse presidente "teria cortado a cabeça" de Mandetta. Já o chefe do Executivo federal ironizou o ministro da Saúde, dizendo que "o médico não abandona paciente, mas paciente troca de médico".  

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