"Temos de entender que cada vida conta", declara médica cotada para lugar de Mandetta

Cotada para assumir o Ministério da Saúde em caso de eventual demissão de Luiz Henrique Mandetta, a médica Nise Hitomi Yamaguchi participou de reunião com empresários cearenses na tarde desta quarta-feira, 8. Diretora do Hospital Albert Einstein e integrante do comitê de crises do Governo Federal, ela citou a necessidade de tratamento a partir dos primeiros sintomas apresentados em decorrência da Covid-19.

Somente entre essa segunda-feira, 6, e terça-feira, 7, o Brasil registrou 114 mortes, acumulando mais de 13 mil pessoas infectadas. O número crescente, de acordo com Nise, se explica pelo alto contágio entre os brasileiros. “A gente tem um aumento da transmissão dentro do Brasil. Temos que entender que cada vida conta. Acho que estamos falhando no momento em que as pessoas estão com o sintomas e não estão sendo tratadas”, afirma.

Deixar para iniciar o tratamento somente quando os sintomas estiverem mais avançados, diz ela, pode não adiantar. “Não adianta salvar a casa quando ela já estiver queimando”, analisa. “Quando o paciente vai procurar o hospital ele geralmente já estava com avanços de inflamações no pulmão, fazendo com que dificulte o tratamento. Estamos discutindo agora o tratamento mais rápido, mas evitando que os pacientes se internem”, complementou.

Ao lado do diretor-executivo da Prevent Senior, Pedro Batista Júnior, e do chefe do Departamento de Medicina Clínica da Universidade Federal do Ceará (UFC), Anastácio de Queiroz Sousa, Nise Yamaguchi debateu sobre o tema “O uso da hidroxicloroquina no combate ao coronavírus”. Empresários como Beto Studart, Edson Queiroz Neto, Emília Buarque, Deusmar Queiroz e Mariana Serra participaram do momento.

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