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Oftalmologista alerta para os problemas de visão causados pelo excesso de tempo frente à luz das telas para as crianças

Especialista recomenda aos pais estabelecer um limite de horário de até duas horas diárias, além de pausas entre os horários
15:49 | Abr. 01, 2020
Autor Redação O POVO
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Com as crianças sem aula e em casa devido ao isolamento social imposto para tentar conter o avanço da Covid-19, as horas frente às TVs, aos celulares e aos computadores podem se alongar. Por isso mesmo, os pais precisam estar atentos aos problemas decorrentes do excesso de exposição à luz dos eletrônicos, que podem incluir ressecamento ocular, dor de cabeça e fadiga.

A oftalmologista Renata Vasconcelos, da Clínica de Olhos Massilon Vasconcelos, afirma que estudos sobre luz azul emitida pelos aparelhos de vídeo apontam efeitos como fadiga e ressecamento ocular. “As crianças podem apresentar vermelhidão nos olhos e dor de cabeça. A luz é composta de diversas cores e o componente azul causa isso”, assegura.

De acordo com a Academia Americana de Pediatria (AAP), crianças com menos de dois anos de idade não devem utilizar nenhum tipo de tela. A oftalmologista lembra, ainda, que crianças acima de seis anos não devem extrapolar duas horas diárias de exposição à luz azul dos eletrônicos. Para aquelas abaixo de seis, uma hora é o limite aceitável.

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O olho deve estar sempre naturalmente hidratado. Porém, quando existe o ressecamento é possível que a pessoa tenha uma sensação de “areia no olho” e assim, ocorre também o lacrimejamento. Em casos dessa natureza, Renata destaca que a principal maneira de tratar é diminuir o tempo de uso desses dispositivos.

Além disso, os olhos geralmente ficam abertos por mais tempo sem piscar quando estamos assistindo. Isso também resulta em uma sobrecarga ocular, prejudicando córneas e levando a um possível e gradual alongamento do olho implicando em surgimento lento de miopia. “Nessa quarentena estamos com muito tempo livre e bastante acesso a eletrônicos. Além dos sintomas oculares, utilizar dispositivos eletrônicos por muito tempo pode causar outros danos psicológicos ou sedentarismo”, pondera a oftalmologista.

Dicas para evitar problemas de visão nas crianças

- Certifique-se de que a criança está mantendo uma distância de pelo menos 50 centímetros das telas e dos monitores;
- Faça pausas de 5 a 10 minutos a cada hora de uso diário;
- Ajuste o brilho dos aparelhos de acordo com a luminosidade do local. Em ambientes um pouco mais escuros não é necessário utilizar um brilho muito alto, mas o ideal, já que a tela tem sua própria luz, é que o ambiente seja normalmente iluminado;
- O contraste gerado é prejudicial à visão. Evite também deixá-la diante de telas em espaços com muita luminosidade, como de frente para janelas, pois o excesso de luz diante dos olhos favorece a fadiga;
- Monitore o tempo que o seu filho passa na frente desses aparelhos. O ideal é que não ultrapasse o limite de 2 horas;
- Caso percebam sintomas como vermelhidão, coceira, irritação, lacrimejamento, sensibilidade à luz, visão embaçada e dor de cabeça nos filhos, os pais devem procurar a ajuda de um oftalmologista para realizar avaliação e os exames necessários.


 

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