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Cearense integra grupo de cerca de 120 brasileiros que não conseguem sair da Indonésia

Larissa Freires tem tentado embarcar para o Brasil desde o último dia 20, mas, sem sucesso, está em isolamento em um hotel enquanto aguarda resposta de um pedido de repatriação
23:25 | Abr. 01, 2020
Autor Izadora Paula
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Izadora Paula Estagiária do portal O POVO Online
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Tipo Notícia

Parte de um grupo de cerca de 120 brasileiros, uma cearense está presa em Bali, na Indonésia, sem conseguir retornar para casa por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Larissa Freires tem tentado embarcar para o Brasil desde o último dia 20, mas, sem sucesso, está em isolamento em um hotel enquanto aguarda resposta de pedido de repatriação.

Em vídeo, Larissa conta que as companhias aéreas continuam aumentando os valores das passagens. Segundo ela, o menor valor atual se aproxima de R$ 10 mil. Ela pede atenção dos governantes brasileiros para o caso, já que ela e os companheiros de viagem já ultrapassam uma semana de tentativas frustradas de voltar ao País.

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A advogada Yohana Maia, que atua em Direito Internacional, conversou com O POVO sobre a situação de Larissa. Segundo ela, fazem parte do grupo brasileiros de diversos estados, como Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro — Larissa é a única cearense. Alguns deles estão em Bali  e outros estão na capital da Indonésia, Jacarta.

"A Indonésia é um país pequeno, que não tem tanta estrutura. Então, imaginem, todos eles esperando uma resposta do governo brasileiro, sem poder voltar para casa e sem acesso a um sistema de saúde decente", narrou Yohana.

Além das preocupações com a própria saúde e com a volta para casa, ainda há a questão financeira, já que eles não sabem por quanto mais tempo devem continuar arcando com hospedagem e alimentação. "Além disso, por serem imigrantes também na Indonésia, eles precisam sair pra regularizar os vistos. Ou seja, estão se colocando em risco de pegar o coronavírus".

Yohana explicou que entrou em contato com a Embaixada Brasileira em Jacarta, onde foi solicitado a todos os brasileiros que estão no país que se desloquem até Bali. "A questão da logística é o principal problema, na verdade. Como são 120 brasileiros, essa quantidade não é o suficiente para lotar um avião, que cabe 500 pessoas, aproximadamente. Além disso, como mexe com orçamento público e tem um valor elevado, é preciso que seja autorizada essa operação de repatriação", complementa a advogada.

No caso específico de Larissa, foi feita uma solicitação de autorização de entrada, uma das exceções encontradas pelos advogados no decreto que regulamenta entradas e saídas nas fronteiras. O governo local, entretanto, informou que somente responderá por e-mail se for uma resposta de deferimento, caso contrário não haverá respostas. "Por isso a importância de que a repatriação seja realizada o mais rápido possível".

Com a divulgação do caso, Larissa espera que os governantes brasileiros conheçam a situação e possam ajudar a resolver a situação, por ela e pelo restante do grupo.

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