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"A festa que não tem hora pra acabar"

05:00 | 03/03/2019

O que esperar da cobertura jornalística de Carnaval? Existem certos eventos, determinadas datas e alguns fatos que precisam ser noticiados pela imprensa - pelo interesse que provoca no público, pela relevância social, pela participação importante no calendário cultural de uma região. O Carnaval, como outros eventos congêneres, é um deles. Não se imagina abrir O POVO da próxima quarta-feira e não ter a cobertura da festa dos últimos dias ou acessar o portal e as mídias sociais do O POVO de hoje e não termos informações recentes acerca deste período. É um evento importante para a cultura do País.

A forma como noticiamos isso é que nos desafia a cada ano. Afinal, o que vai interessar ao leitor ver, no jornal impresso, quatro dias depois? Relatos e descrições de "tudo o que rolou na festa" nos quatro cantos do Estado? Registros da folia pelo País? Antes de tudo, é preciso lembrar que a notícia tem também um valor histórico. Por isso, é válido que a festa na praia, na serra e no sertão seja noticiada. O investimento em "personagens" quase sempre dá certo. Nas Redações, pede-se que se contem mais histórias - do amor de Carnaval, de quem está trabalhando no Carnaval, da família no Carnaval, de alguém com fantasia criativa e por aí vai.

Se nem sempre é fácil encontrar boas histórias todos os dias, talvez no Carnaval seja um pouco pior. É por isso que nosso desafio se catalisa a cada edição deste período, que há muito tempo não se resume só a festa em cidades do Interior nem se restringe aos quatro dias.

Daniela Nogueira

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