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Rede de Investidores Sociais

01:30 | Nov. 10, 2019
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Tipo Opinião

No momento em que estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que mais de 40% dos cearenses estão abaixo da linha de pobreza - e que os maiores índices de pessoas vivendo nessa circunstância dramática encontram-se na região nordestina -, é mais do que bem-vindo o lançamento da Rede de Investidores Sociais do Nordeste (RIS). Essa é a quarta rede de investidores sociais regionais, coordenada pela Fundação Demócrito Rocha (FDR) e pelo Instituto Diageo, com o selo do Grupo de Instituições Fundações e Empresas (Gife), que reúne investidores sociais do Brasil. A RIS tem como objetivo mapear e interligar empresas que mantêm iniciativas de impacto social no Nordeste.

Para o diretor da FDR, Marcos Tardin, o debate sobre investimento social no Nordeste ainda é incipiente e "precisa caminhar com mais força para contribuir de forma mais efetiva para o desenvolvimento social do País". Ainda segundo ele, é preciso fomentar investimentos sociais em temas como diversidade e equidade.

Darline Oliveira, coordenadora de Relações Corporativas do Instituto Diageo, diz que atuar de maneira consistente em projetos visando a transformação social tem "extremo valor" para as empresas, pois melhora o seu conceito perante o público e facilita o relacionamento com a sociedade. Esse é um grande estímulo para que empresas invistam nas questões sociais, pois à medida que contribuem, elas também saem ganhando.

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É claro que iniciativas privadas - mesmo as sem fins lucrativos como é o caso -, não conseguirão sozinhas atacar o problema da pobreza com a amplitude necessária para resolvê-lo. Para isso, há a necessidade da intervenção decisiva do Estado (União, estados e prefeituras) com políticas públicas de largo alcance para melhorar a qualidade de vida das pessoas mais vulneráveis. Inclui-se nessa equação a necessidade de uma rede de saneamento básico - uma obrigação do poder público -, pois a mesma pesquisa do IBGE indica que, no Nordeste, 60% das pessoas não têm acesso a esse serviço.

Porém, reconheça-se que iniciativas particulares, como essa aqui apresentada - e centenas de outra que se espalham pelo Brasil -, têm importante papel a cumprir e merecem o reconhecimento de toda a sociedade.

 

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