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Segurança pública: redução de roubos

01:30 | Mai. 21, 2019
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A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS/CE), através de seu titular, André Costa, acaba de anunciar uma redução de mais de 20% no número de Crimes Violentos contra o Patrimônio (CVPs) 1, em Fortaleza (esse tipo de crime inclui delitos como roubos a pedestres e de documentos), nos quatro primeiros meses deste ano, na Capital. Já os CVPs 2, que incluem roubos à residência, com restrição de liberdade e roubos de carga e veículos sofreram uma redução de 48,1%, em 2019, em comparação com 2018. No cômputo geral do Estado, seriam quase dois anos (23 meses) de diminuição mensal dos CVPs.

O órgão atribui esse sucesso às estratégias diferenciadas de combate às ações criminosas, distinguindo-as de acordo com a forma como são perpetrados os delitos: crimes de mobilidade e crimes territoriais. No combate aos primeiros, utilizam-se câmeras de videomonitoramento e instrumentos como o Spia (Sistema Policial Indicativo de Abordagem), uma ferramenta de inteligência artificial, de detecção automática dos veículos que devam ser objeto de investigação ou de abordagem. Simultaneamente faz-se a montagem de cercos inteligentes, e o investimento em moto-patrulhamento. Isso evitaria que o criminoso, ao roubar um veículo, consiga praticar outros crimes com esse veículo roubado ou furtado. Com isso se reduz o número de roubos de veículos e também o roubo em geral.

Com relação aos Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLIs), que são os crimes territoriais, a estratégia é diferente: lança-se mão de 70 indicadores que foram estudados pela Supesp (Superintendência de Pesquisa e Estratégia de Segurança Pública), compreendendo renda, educação, saneamento, infraestrutura e densidade populacional e habitacional. Com isso são definidas as áreas mais sensíveis para a segurança pública. A partir daí, o policiamento é territorializado. Ou seja, os territórios disputados por grupos criminosos passam a ter policiamento fixo, através da instalação de bases do Proteger (Programa de Proteção Territorial e Gestão de Riscos), conhecidos visualmente como os contêineres. Ademais, implanta-se também o trabalho da Polícia Civil nesses territórios, que são subdivididos em microterritórios, nos quais trabalham equipes destinadas a identificar os criminosos aí atuantes. Por último, repassam-se os dados das carências sociais à Prefeitura e ao Estado para que entrem, simultaneamente, com políticas públicas focadas.

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Há uma convicção na SSPDS/CE de que foi essa estratégia - e não um suposto entendimento entre as facções criminosas - que levou à redução dos crimes. Quanto mais for aperfeiçoado esse trabalho, com o auxílio de profissionais das ciências humanas, as expectativas positivas, supostamente, crescerão. Resta torcer para isso. 

 

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