Inter liga alerta máximo após temporada caótica e promete virada em 2026

Erro na análise do elenco, mudança de treinadores e administração do vestiário são algumas das falhas do Colorado na temporada

13:32 | Dez. 09, 2025

Por: Jogada 10

O Internacional encerrou o Brasileirão sob forte pressão e com marcas profundas da luta contra o rebaixamento. Para evitar a repetição desse cenário, o clube reconhece que precisa implementar ajustes urgentes e transformar em prática os aprendizados deixados por 2025. Da conquista do Campeonato Gaúcho ao sufoco na última rodada, o Colorado acumulou falhas em diferentes áreas.

O desempenho convincente no início da temporada sustentou uma falsa sensação de segurança. O título estadual — e o fim do sonho de octacampeonato do Grêmio — levou a diretoria a acreditar que mudanças estruturais não eram necessárias. Assim, o clube ignorou sinais claros de desgaste e permitiu que problemas internos se agravassem.

Com o passar dos meses, o Inter errou na comunicação ao fazer brincadeiras públicas envolvendo a vida pessoal de um atleta, falhou na gestão do vestiário diante de desavenças que escalaram para conflitos físicos e retardou a troca de treinador num momento em que o trabalho de Roger Machado já apresentava queda evidente. A escolha apressada por Ramón Díaz, feita após o fechamento da janela, inclusive, também limitou o trabalho do novo técnico desde o início.

Erros na hora de buscar reforços

A fragilidade na montagem do elenco, porém, agravou o cenário. O time que iniciou 2025 era tecnicamente superior ao que terminou a temporada. Mesmo após vender Wesley por R$ 54 milhões ao Al-Rayyan e liberar Valencia antes do fim do contrato — economizando cerca de R$ 12 milhões —, a diretoria não conseguiu repor as saídas. André Mazzuco e José Olavo Bisol, responsáveis pelo futebol, fracassaram na busca por substitutos à altura.

Lesões e aposentadorias inesperadas ampliaram o problema. A saída de Fernando por causa de um trauma grave levou à contratação emergencial de Richard, enquanto o setor criativo recebeu apenas Alan Rodriguez, volante uruguaio ainda sem ritmo de competição. Nem o retorno de Rochet, Mercado e Bruno Gomes, recuperados no departamento médico, foi suficiente para equilibrar o time.

Finanças colocam futuro em xeque

A crise financeira ainda completou o quadro preocupante. O Inter enfrentou dificuldades para honrar compromissos com outros clubes, atrasou pagamentos de direitos de imagem e precisou renegociar dívidas para manter salários em dia. Somente na última rodada conseguiu regularizar parte das pendências, escancarando a precariedade das contas.

Com tantos erros acumulados, o Internacional entra em 2026 pressionado a revisar processos, qualificar o elenco e restabelecer estabilidade interna. A temporada passada deixou claro que, para evitar novos riscos, o clube precisa agir de forma planejada, transparente e imediata.

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