Um mapa do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostra o Brasil com um vasto território coberto por uma fumaça espessa, oriunda das queimadas. Segundo meteorologistas, a fuligem encobre até mesmo partes do Uruguai e da Argentina.
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Especialistas afirmam que a fumaça é proveniente do sul da Amazônia, que inclui os estados do Amazonas, Pará e Mato Grosso. Também há incêndios na parte boliviana da Floresta Amazônica. A Amazônia Legal registra o maior número de focos de fogo em 19 anos.
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O Brasil está passando por uma seca sem precedentes. A pior de sua história recente, segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden).
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A umidade relativa do ar em diversas cidades brasileiras chegou a níveis inferiores aos do deserto do Saara, com algumas localidades chegando a registrar índices próximos aos do deserto do Atacama (o mais seco do mundo).
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Centenas de cidades, em vários estados, estão com umidade do ar na faixa de 7% a 9%. O Distrito Federal é uma das áreas afetadas. A Organização Mundial da Saúde alerta que a umidade ideal para o organismo humano está entre 40% e 70%. Níveis abaixo de 30% representam um risco à saúde.
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No Distrito Federal, a seca foi agravada por incêndio na Floresta Nacional de Brasília (Flona). E em vários pontos do país as queimadas na Amazônia e no Pantanal vêm tornando a situação extremamente grave.
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A falta de chuva está causando graves danos à vegetação e levando à seca de rios em uma área muito maior do que em eventos anteriores.
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A terra seca e os níveis baixos dos rios afetam tanto as colheitas agrícolas quanto a geração de energia elétrica, além de impactar os custos dos combustíveis e o transporte de mercadorias.
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Essa combinação de fatores afeta diretamente nas finanças dos brasileiros, especialmente os mais vulneráveis. O aumento nos custos de produção de alimentos e nas despesas das empresas por todo o país resulta em um encarecimento de itens básicos do dia a dia.
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Em 2021, a seca levou a um aumento de 21,21% na tarifa de energia elétrica residencial, tornando-se o segundo maior fator de impacto na inflação oficial do país, ficando atrás apenas da gasolina, que registrou uma alta de 47,49%.
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Em setembro, a previsão é que a tarifa da conta de luz já será alterada para a vermelha patamar 2, que acrescenta R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh).
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Como as hidrelétricas são a principal fonte de energia do Brasil, a falta de água para gerar eletricidade força o uso de outras fontes mais caras, como as termelétricas.
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Em agosto de 2021 — época de crise hídrica — a situação chegou a um ponto que a Aneel precisou criar a bandeira escassez hídrica, que era ainda mais cara do que a bandeira vermelha.
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Ao G1, o engenheiro e presidente do Grupo Lux Energia, Gustavo Sozzi, salientou que a perspectiva para os próximos meses não é boa. Segundo ele, mesmo que chova em outubro, a estiagem prevista para setembro já é considerada crítica.
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Outra preocupação é com o setor agrícola. A menor oferta de produtos agrícolas está gerando um aumento nos preços dos alimentos, impactando o bolso dos consumidores. Os pequenos agricultores, que não possuem sistemas de irrigação, são os mais afetados pela seca.
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A seca também interfere no escoamento da produção industrial da Zona Franca de Manaus, afetando a oferta de produtos como eletrônicos, insumos industriais, motopeças e autopeças no restante do país.
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Isso porque a menor disponibilidade de transporte fluvial gera um estresse na cadeia logística, com menor oferta de alguns produtos e possíveis pressões inflacionárias de curto prazo.
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Além de tudo isso, a combinação de calor e baixa umidade afeta duramente a saúde, causando problemas respiratórios, cansaço, dor de cabeça e irritação nas vias aéreas. Pessoas com doenças respiratórias crônicas são as mais afetadas.
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Beber bastante água, manter a casa livre de poeira e evitar a prática de exercícios físicos das 11h às 17h são algumas das dicas para amenizar os efeitos da baixa umidade aliada ao calor excessivo.
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