Alexandre de Moraes cobra esclarecimento sobre 'demora' de Bolsonaro na saída de hospital
Agência BBC

Alexandre de Moraes cobra esclarecimento sobre 'demora' de Bolsonaro na saída de hospital

Autorizado pelo STF, ex-presidente foi a hospital em Brasília no domingo (14/09) para fazer exames e retirada de lesões na pele.

Jair Bolsonaro em pé, acenando, entre carros; atrás dele, Jair Renan
Reuters
Ex-presidente demorou cerca de 6 minutos entre saída do hospital e entrada no carro; na foto, ele aparece junto ao filho Jair Renan

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta segunda-feira (15/09) esclarecimentos sobre por que o ex-presidente Jair Bolsonaro não teve "transporte imediato" após sua saída de um hospital em Brasilia no domingo (14/09).

Moraes pediu o esclarecimento à Polícia Penal do Distrito Federal, responsável pela escolta de Bolsonaro ao hospital DF Star, onde ele fez exames e a retirada de lesões na pele, após autorização do STF.

"OFICIE-SE à Polícia Penal do Distrito Federal para que, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, envie aos autos relatório circunstanciado sobre a escolta realizada, com informações do carro que transportou o custodiado, agentes que o acompanharam no quarto e o motivo de não ter sido realizado o transporte imediato logo após a liberação médica", escreveu Moraes.

De acordo com cronometragem feita pelo portal Metrópoles, foi de 5 minutos e 33 segundos o tempo em que Bolsonaro passou pela porta externa do hospital e entrou em um veículo de escolta.

Nesse intervalo, ele foi ovacionado por seus apoiadores, que gritavam palavras como "volta Bolsonaro". O ex-presidente acenou brevemente ao público presente.

Nesse período, um dos médicos que o atendeu, Claudio Birolini, deu entrevista à imprensa, enquanto Bolsonaro aguardava em pé. O ex-presidente estava acompanhado de seu filho Jair Renan, vereador em Balneário Camboriú (SC) pelo Partido Liberal (PL).

A BBC News Brasil pediu posicionamento da defesa de Bolsonaro e atualizará a reportagem em caso de resposta.

Na semana passada, Bolsonaro e mais sete réus foram condenados por crimes como golpe de Estado e organização criminosa.

O ex-presidente foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, mas sua defesa ainda pode apresentar recursos — que, no entanto, dificilmente alterarão o resultado do julgamento, que ocorreu na Primeira Turma do STF.

Antes da condenação, a defesa de Bolsonaro havia pedido autorização para que ele fizesse o procedimento no DF Star.

Desde o início de agosto, o ex-presidente está em prisão domiciliar por decisão de Moraes, que considerou que Bolsonaro havia descumprido medidas cautelares impostas quando ainda era réu.

Segundo boletim médico do domingo, a retirada das oito lesões na pele ocorreu sem problemas, enquanto exames identificaram anemia por deficiência de ferro e sinais de uma pneumonia recente.

Ainda de acordo com o documento do hospital, Bolsonaro deu entrada às 8h da manhã de domingo e teve alta no mesmo dia.

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