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Pesquisadores brasileiros desenvolvem teste que diagnostica mais de 400 vírus

Os pesquisadores desenvolveram um método que pode ser mais eficaz do que os convencionais para diagnosticar vírus comuns das regiões tropicais do planeta
20:01 | Out. 19, 2016
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[FOTO1]Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto, desenvolveram um teste que diagnostica 416 tipos de vírus de regiões tropicais do planeta. Esse novo método pode contribuir para o controle e vigilâncias de patógenos com potencial epidêmico, como a Zika. Até o momento, a ferramenta ainda não está disponível para a população, mas os custos do método são elevados. A pesquisa foi publicada PLOS Neglected Tropical Disease. As informações são da Agência Fapesp.


Para o pesquisador e professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Victor Hugo Aquino, essa tecnologia vai ser muito útil no Brasil com a chegada do verão, quando normalmente aumenta o número de casos de dengue, zika e chikungunya, e assim evitar possíveis epidemias. "Demoramos para perceber que estava ocorrendo uma epidemia no país porque ninguém estava pensando em zika naquele momento", contou o professor á Agência Fapesp.

 

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Hugo também ressaltou que os métodos de diagnóstico convencionais nem sempre conseguem detectar a presença de determinados vírus. “Com a chegada do verão, deve aumentar o número de pacientes com suspeita de infecção por dengue, zika ou chikungunya. Mas, muitas vezes, o diagnóstico dessas doenças não é confirmado pelos métodos convencionais e ficamos sem saber quais os vírus estão realmente circulando”, declarou o professor.

 

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Além disso, o teste também tem o potencial de diagnosticar outros vírus que são detectados poucas vezes, como o vírus Mayaro, que é transmitido por um mosquito silvestre. Esses patógenos também têm um potencial epidêmico nas regiões tropicais.


A princípio essa ferramenta estaria disponível apenas para pessoas com suspeita de dengue, zika ou outras doenças que não foram diagnosticados pelos testes convencionais por conta do custo elevado. Entretanto, os pesquisadores estão trabalhando para tentar torná-lo mais acessível.    

                                                  Redação O POVO Online

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