Volkswagen no Brasil 'desconhecia' funcionário nazista, diz historiador
Simon Wiesenthal, um reconhecido "caçador de nazistas", o denunciou às autoridades brasileiras.
O ex-comandante nazista acabou sendo extraditado para a Alemanha e, três anos depois, o Tribunal de Düsseldorf o condenou à prisão perpétua pelo assassinato de 400 mil pessoas. Em junho de 1971, porém, ele morreu, vítima de um enfarte.
A imprensa alemã, nesta semana, revelou ainda como o então chefe da Volkswagen do Brasil, Friedrich Wilhelm Schultz-Wenk, também havia enviado uma carta para a sede da empresa na Alemanha, depois da prisão do ex-oficiais da SS, para confirmar que não sabia do passado de Stangl. Schultz-Wenk, porém, havia sido membro do partido nazista em sua juventude.
Em uma entrevista ao Estado em maio de 2013, o delegado José Paulo Bonchristiano, do Departamento de Ordem Política e Social de São Paulo (Dops-SP), apontou que a prisão havia sido realizada sob seu comando. "O pessoal diz que o Dops só prendia comunista. Nós prendemos o carrasco nazista Franz Paul Stangl", disse. "Eu que fiz a prisão dele, o carrasco nazista. Levei para Bonn, na Alemanha", completou.