Doria quer Aécio fora do comando tucano
Em entrevista à Rádio Jornal de Pernambuco, Doria afirmou que o tempo do correligionário no comando nacional do partido passou e Aécio precisa deixar o cargo.
"Tenho respeito por Aécio, mas ele tem de concentrar o tempo dele na própria defesa e deixar que o partido seja conduzido por outro nome, eleito", disse o tucano, considerando que o mesmo rigor com que a legenda tem criticado o PT deve ser aplicado no combate às irregularidades internas tucanas.
Questionado sobre a recente defesa de eleições diretas feita pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Doria divergiu. Afirmou que a antecipação de uma eleição só agravaria a situação do País.
À rádio pernambucana, o prefeito de São Paulo defendeu a permanência do partido na base aliada do presidente Michel Temer sob o argumento de que "o apoio do PSDB é ao Brasil e não a Temer". "Os fatos são graves, mas não apresentam abandono ao governo Temer", afirmou.
Eleição
Na entrevista à rádio, Doria também comentou a recente pesquisa do Datafolha, divulgada ontem, que coloca o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em primeiro lugar na disputa de 2018.
Após ter declarado que queria ver o petista derrotado nas urnas, Doria avaliou que as pesquisas revelam um momento, o que pode ser alterado. "O PSDB pode trazer algo novo para 2018. Eu mesmo comecei a campanha em São Paulo com 2% e ganhamos em primeiro turno", disse o tucano.
Na sua avaliação, embora desponte na primeira posição, o petista tem alta rejeição, sobretudo no eixo sul-sudeste.
Da ala tucana, ele voltou a defender o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seu padrinho político, para a disputa de 2018. "Tenho muito respeito por Alckmin e o governador tem toda a preferência e o meu apoio. Ele será o candidato", afirmou o prefeito de São Paulo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.