Grupo apresenta mudanças para financiamento de campanha em 15 dias
Em meio aos avanços da Operação Lava Jato, a proposta também deverá contemplar uma possível "blindagem" do caixa 1 e anistia para o caixa 2
Em meio aos avanços da Operação Lava Jato, a proposta também deverá contemplar uma possível "blindagem" do caixa 1 e anistia para o caixa 2. O texto tem sido conduzido por um grupo de trabalho que conta com a participação de presidentes das legendas e com o ministro Henrique Neves e o ministro substituto Tarcísio Neto, ambos do TSE.
"Estamos discutindo uma modelagem de financiamento. Nas próximas duas semanas iremos apresentar uma proposta. A ideia vigente até agora é criar um fundo eleitoral para os períodos de eleição, mas isso ainda não está estruturado porque o TSE ficou de fazer um levantamento dos custos das últimas campanhas para termos um balizamento", afirmou ao Estado o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR).
Segundo ele, o presidente Michel Temer também tem sido participado de todas as discussões. "Ele tem conhecimento, o governo tem conhecimento. Até porque se for financiamento público terá que ter recursos do governo", ressaltou Jucá.
A iniciativa conta com o apoio do DEM, integrante da base aliada de Temer. "Será feito algo novo com a participação do TSE, onde está sendo gestada uma nova proposta", afirmou o presidente da legenda, senador José Agripino Maia (RN).
As tratativas sobre a elaboração da proposta também estiveram presentes como tema na reunião de terça-feira, 14, da bancada do PSDB do Senado, que contou com a participação do líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL).
Para valerem já nas eleições de 2018, as alterações precisam ser aprovadas pela Câmara e Senado e sancionadas pelo presidente da República até o início de outubro, um ano antes do pleito.