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Citado em delação da Odebrecht, assessor especial de Temer pede demissão

Amigo pessoal de Michel Temer há 50 anos, Yunes afirmou que a decisão busca preservar sua dignidade
12:57 | Dez. 14, 2016
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O assessor especial da Presidência da República, José Yunes, entregou carta de demissão na tarde desta quarta-feira, 14. Amigo pessoal de Michel Temer (PMDB) há 50 anos, ele foi citado em delação de Cláudio Melo Filho, ex-executivo da Odebrecht.

Na carta, Yunes afirma que a decisão foi tomada para preservar sua dignidade diante das denúncias do empreiteiro. "Repilo com a força de minha indignação essa ignominiosa versão", diz. Foi a primeira baixa do governo Temer seguindo o acordo de delação da Odebrecht.

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"Nos últimos dias, senhor presidente, vi meu nome jogado no lamaçal de uma abjeta delação, feita por uma pessoa que não conheço, com quem nunca travei o mínimo relacionamento e cuja existência passei a tomar conhecimento, nos meios de comunicação, baseada em sua fantasiosa alegação, pela qual teria eu recebido parcela de recursos financeiros em espécie de uma doação destinada ao PMDB", diz a carta.

Elementos de prova

Na delação em que cita Yunes e Temer, Cláudio Melo diz que possui "elementos relevantes" de prova, como ligações telefônicas. O ex-executivo destaca que possui registros que podem levar a investigação "muito além daquilo que o simples acesso ao sistema (de pagamentos) da empreiteira pode permitir".

Melo Filho afirmou, em anexo entregue ao Ministério Público Federal, que o presidente Michel Temer pediu "apoio financeiro" para as campanhas do PMDB em 2014 a Marcelo Odebrecht, que se comprometeu com um pagamento de R$ 10 milhões.

O ex-executivo detalha um jantar com Temer no Palácio do Jaburu, no qual estiveram presentes Temer, Marcelo Odebrecht e Padilha. Segundo o delator, Temer solicitou "direta e pessoalmente para Marcelo, apoio financeiro para as campanhas do PMDB no ano de 2014". (com Estadão Conteúdo)

 

Redação O POVO Online

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