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Sérgio Machado depõe em ação que pede a cassação da chapa Dilma-Temer em 2014

O ex-presidente da Transpetro chegou ao TRE-CE, no Centro, por volta das 12 horas. Ele entrou e saiu sem dar entrevistas
15:08 | Out. 22, 2016
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[FOTO1] Sérgio Machado, ex-presidente da Transpetro, depôs como testemunha em Ação Judicial Eleitoral (AIJE) que pede a cassação da chapa de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) na eleição de 2014. O depoimento foi dado na tarde deste sábado, 22, no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), no Centro da Cidade.

Participaram do depoimento o ministro do Tribunal Superior de Justiça (TSE) Herman Benjamin e advogados das partes envolvidas: Flávio Caetano e Renato Franco, de Dilma, José Eduardo Alckmin e Gustavo Kanpffer, do PSDB, e Gustavo Guedes de Temer. 

Machado entrou e saiu do local sem dar entrevistas. Os advogados das partes, no entanto, falaram com a imprensa. Houve consenso entre eles de que o depoente não afirmou que a chapaDilma-Temer não recebeu propina para financiamento da campanha. [FOTO2] 

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Todos também confirmaram que o que Machado falou foi apenas a reafirmação do que ele já havia dito na sua delação, feita em junho deste ano. Os advogados do PSDB e do PT, no entanto, deram versões diferentes sobrequem havia sido citado no depoimento.

De acordo com Alckmin, advogado do PSDB, nem o senador tucano Aécio Neves (PSDB) nem ninguém do PSDB havia sido citado. Já segundo Caetano, representante do PT, Machado afirmou que houve pagamento de propina em 2012 a Aécio quando ele era candidato a presidente da Câmara dos Deputados em 1999, além do envolvimento de outros nomes do PSDB. 

Protesto

O vereador Robert Burns (PTC) fazia protesto em frente ao TRE, com faixa com os dizeres "fora, Temer", que pediam por eleições diretas. "A única saída para o povo hoje é escolher seu presidente", disse. 

Racha

Embora A AIJE nº 194358 peça a cassação da chapa de Dilma e de Temer, ambos foram representados por advogados diferentes. Os advogados explicaram que divisão seria para uma defesa mais "pessoal", mas que todos trabalham em consenso. 

Clima do TRE-CE

Desde as 9 horas da manhã, jornalistas, cinegrafistas e fotógrafos rodeavam o Tribunal em busca de uma palavra do depoente. Pouco tempo depois, um ônibus do Batalhão da Polícia de Choque chegou ao local trazendo vários policiais. 

Além deles, havia policiais militares e uma viatura da Autarquia Municipal de Trânsito (AMC) controlando quem entrava e saía do quarteirão do TRE-CE. Os repórteres foram impedidos de ultrapassar a recepção do Tribunal e ficaram a maior parte do tempo do lado de fora do prédio. 

Nem o ministro, nem Sérgio Machado concederam entrevistas. Eles foram embora por voltas das 14 horas. Machado cumpre prisão domiciliar em sua casa, em Fortaleza.

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