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Danilo Forte diz que governo precisa de credibilidade para sair da crise

Redação final da PEC 241, a PEC do teto dos gastos, foi aprovada na última terça, 18, e segue para 2º turno. Para especialista Flávio Ataliba, proposta é exagerada
16:22 | Out. 20, 2016
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[FOTO1]Segue para o 2º turno a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 241/2016, mais conhecida como PEC do teto dos gastos. A redação final da proposta foi aprovada nesta terça-feira, 18, por 21 votos a 7. Para o deputado federal e presidente da Comissão Especial que analisa a PEC, Danilo Forte (PSB), a proposta aponta para o "sentimento" dos brasileiros de "se reencontrar".
 
"O sentimento, inclusive a pesquisa que saiu na CNT, é exatamente no sentido de que 2/3 da população brasileira apoia a iniciativa do governo de fazer controle de gastos e disciplinar o orçamento público", lembra, em entrevista à Rádio O POVO CBN (FM 95.5 AM 1010).
 
"A irresponsabilidade financeira levou o País a essa crise. Para que a economia retome, é necessário que quem faz a gestão do País tenha credibilidade. Se você não der credibilidade ao governo, nós vamos continuar na crise". O deputado diz acreditar na possibilidade de ultrapassar os 366 votos do 1º turno. "Há uma concentração maior da responsabilidade que o Congresso nacional deve ter", afirma.
 
 
pesquisa CNT/MDA, realizada de 13 a 16 de outubro, questionou os entrevistados sobre PEC do teto de gastos públicos. Segundo o levantamento, 40,9% conhecem ou já ouviram falar a respeito da proposta do governo federal. Entre eles, 60,4% são favoráveis à PEC e 32,5% contrários. Foram ouvidas 2.002 pessoas, em 137 municípios de 25 Unidades Federativas, das cinco regiões.

Os dados apurados apontam ainda que, sobre a relação do governo federal com o Congresso, 58% das pessoas consideram que o presidente Michel Temer terá apoio suficiente para realizar mudanças e 29,2% acreditam que não terá. 
 
Presidente do Instituto de Pesquisa Estratégia Econômica do Ceará (Ipece) e professor de Economia da Universidade Federal do Ceará (UFC), Flávio Ataliba classifica como "exagerada" a maneira como está proposta a tentativa de equilibrar as contas públicas. "A sociedade brasileira precisa muito do apoio do Estado, especialmente nos programas de saúde, educação, assistencia social e investimentos", justifica, também em entrevista ao programa O POVO no Rádio.
 
"Observe que, congelar os gastos corrigindo pela inflação, a cada ano você diminui o investimento por pessoa", lembrando o aumento populacional. "É difícil imaginar como diminuir o gasto do governo federal no SUS, que já é precário. Praticamente todas as pastas têm muitas dificuldades". 
 
Redação O POVO Online

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