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Brasil defende sua agricultura sustentável no SIAL de Paris

06:55 | Out. 21, 2016
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O Brasil aproveitou a realização do Salão Internacional da Alimentação (SIAL), que fechou suas portas na quinta-feira à noite na França, para promover sua agricultura sustentável.
"Na Europa acredita-se que o Brasil devastou sua cobertura vegetal e natural com sua agricultura, mas não é assim", afirmou Roberto Jaguaribe, o novo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), em uma entrevista à AFP.
"Multiplicamos por cinco a produção de cereais e soja sem aumentar a área de terra utilizada. Aprovamos de um código florestal há três anos, que é um dos mais rígidos do mundo e permite uma agricultura verdadeiramente sustentável", acrescentou Jaguaribe, diplomata que foi embaixador do Brasil na China e no Reino Unido.
"Quanto ao gado, reduzimos as superfícies utilizadas com cerca de 200 milhões de animais em 165 milhões de hectares, contra 165 milhões de animais em 220 milhões de hectares na década de 90", acrescentou.
Para Jaguaribe, "a imagem do Brasil que destrói a natureza se manifesta na Europa principalmente para permitir uma forma de protecionismo" contra os produtos agrícolas brasileiros.
Perguntado sobre os danos provocados pelo desmatamento da floresta amazônica, Jaguaribe apresentou números que mostram que o Brasil conserva "61% de sua cobertura natural original". "Na Europa, resta apenas 0,3% da cobertura original do continente", ressaltou.
Segundo ele, o Brasil "pode duplicar ou inclusive triplicar sua capacidade de produção agrícola sem afetar as florestas". "Temos 115 milhões de hectares para a agricultura subutilizados", afirmou.
A América Latina foi a convidada de honra desta edição do maior supermercado do mundo, onde 7.000 expositores promoveram 420.000 produtos, incluindo 2.200 inovações.
AFP

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