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Fortaleza pode atingir índice extremo de radiação UV nesta semana

O cuidado com a exposição ao sol é recomendado a partir do nível dois de radiação. Nos próximos dias, a capital cearense deve atingir índice 11, o que significa muito cuidado em relação à exposição da pele
14:15 | Ago. 22, 2017
Autor Amanda Araújo
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Os índices de radiação ultravioleta (UV) podem aumentar nesta semana na capital cearense, de acordo com previsão do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Com taxa entre 3 e 9 nesta terça-feira, 22, o aumento da radiação é comum nesta época do ano, principalmente pela ausência de nebulosidade. A maior incidência UV não repercute na malha urbana, mas traz necessidade de cuidados em relação à exposição da pele ao sol.

Até 5, o índice da radiação UV é considerado moderado, mas a partir de 8 está na categoria "muito alto". A média deste mês de agosto é 13, nível extremo de UV, no Ceará. "Tem menos nuvens nessa estação seca, e as nuvens funcionam como uma bloqueio para a radiação. Quando a radiação bate na nuvem, ela se espalha e ocorre uma atenuação", afirma o meteorologista do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe), Caetano Mancini.

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Sem nebulosidade, a radiação então incide de forma mais significativa na superfície da Terra, próximo à região equatorial. Nos próximos dias, pelo monitoramento do Inpe, a radiação UV máxima no Ceará será nível 11. A partir de 11 já é considerado nível extremo.

O meteorologista da Funceme, David Ferran, ainda destaca ainda que a radiação atinge, no Ceará, níveis máximos de setembro a novembro, além de picos também em fevereiro e março. "É um fenômeno cíclico que acontece todos os anos. Mas, aqui, é alto o ano todo, sempre em torno de 10. Os meses mais fracos são junho e julho. Em comparação, Porto Alegre fia abaixo de 4 em junho e julho", frisa.

 

Pele

O cuidado com a exposição ao sol é recomendado a partir do nível 2 de radiação, tanto com uso de filtro solar como de roupas, óculos escuros e chapéu. "A pessoa deve ter esse cuidado durante toda a vida. Existem trabalhos mostrando que 80% da radiação que se expõe durante toda a vida é ate os 20 anos. A pessoa com lesões às vezes questiona, porque não vai à praia, mas isso foi dano solar que aconteceu no passado", indica o médico dermatologista Paulo Gonçalves, da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional Ceará.

O médico recomenda cuidados redobrados no momento de sobreposição da radiação ultravioleta A e B, com pico às 12 horas. "A radiação A é mais responsável pelo fotoenvelhecimento, e a B pelas queimaduras. Devemos partir do princípio de que o Sol é nosso amigo, sem ele não existe vida, mas sabendo as limitações. Utilizando protetor, sem ficar muito tempo exposto, com hidratação, através de banho ou ingestão de água, isotônicos", aponta.

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A radiação A e B, por outro lado, é pouco energética, portanto, não exerce influência em materiais, como explica o físico e professor do Instituto Federal do Ceará (IFCE), José Carlos Parente de Oliveira. "O que pode acontecer muito (em relação à malha urbana), porque nossas paredes são muito claras, é ter desconforto nos olhos. A reação é mais com humanos, plantas, folhas ressecam facilmente, e animais marítimos", completa.

 

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