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Caso raro: trigêmeos univitelinos têm alta da maternidade; mãe pede ajuda

O caso foi publicado no Facebook, em postagem que pedia auxílio para sustento da família. O pai das crianças é cego e está desempregado
16:50 | Jul. 05, 2017
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Após um mês internados, Jeferson, Robson e Roberto receberam alta da Maternidade José Martiniano de Alencar, em Fortaleza. Os trigêmeos univitelinos nasceram dia 6 de junho, na Maternidade Escola Assis Chateaubriand, no sétimo mês da gestação de Jéssica Barbosa, 23. A família, que mora em Quixeré (a 212 quilômetros de Fortaleza), teve a história divulgada no grupo “Alguém conhece alguém que”, do Facebook, na última semana.
 
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Nascidos de cesárea, cada um dos três já pesa mais de dois quilos, o suficiente para deixar o hospital, segundo a equipe médica. Os bebês são considerados caso raro pela gravidez não ter interferência de métodos de reprodução assistida, como inseminação artificial e fertilização in vitro. Na família do pai dos bebês, porém, já houve casos de trigêmeos naturais e a possibilidade é maior, dada a genética.
 
Segundo Fábio Eugênio Rodrigues, médico ginecologista e especialista em reprodução humana, as técnicas assistidas tentam diminuir a probabilidade de gestação múltipla. “Assim, riscos para as crianças e mães são reduzidos. São alguns dos problemas pré-eclâmpsia, diabetes gestacional e parto prematuro, que podem causar complicações respiratórias, intestinais ou nervosas”, afirma.
 
“No tratamento in vitro, ao ser usado mais de um embrião por tentativa, as probabilidades aumentam e, ainda assim, não passam de 1% das gestações”, completa Fábio, ressaltando que trigêmeos naturais univitelinos e do mesmo sexo são “realmente muito raros”.
 
Família
Impossibilitada de trabalhar e com o marido, que é uma pessoa com deficiência visual, desempregado, Jéssica pede ajuda para cuidar dos quatro filhos. Ela que já tem o pequeno Wesley, 4, se vê em dificuldade para sustentar a casa com o auxílio de R$ 122 do Bolsa Família. “Moro numa casa bem simples, de taipa. Nem banheiro tem. Lá em Quixeré as coisas são difíceis”, lamenta.
 
O auxílio foi pedido na rede social, mas a mãe reforça. “Quem puder ajudar com leite ou fraldas, eu agradeço”. Contato para doações: (85) 8887 7060 ou (88) 98125 1138.
Redação O POVO Online 

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