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Rua na Cidade dos Funcionários alaga com a chuva

Água chega a acumular um palmo de altura dentro das casas. Moradores contam que situação piorou após construção de um condomínio nas proximidades. Eles acusam o empreendimento de deixar bueiros entupidos
14:28 | Mar. 09, 2017
Autor O POVO
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Não precisa ser chuva demorada ou de muita precipitação: a rua José Alves Cavalcante, no bairro Cidade dos Funcionários, em Fortaleza, alaga ao ponto de entrar água dentro das casas. Há casos em que a água sobre até um palmo. “Aqui em casa, os móveis ficam em cima de tijolos. Há muitos anos a gente sofre aqui”, conta a dona de casa Lairte Trindade, 75. 

Ela diz que a situação é ruim há muitos anos, “desde quando construíram a BR (116)”. No entanto, os casos de alagamento ficaram piores com a construção de um condomínio de casas nas proximidades. “Eles não limpam os bueiros e entope tudo”, garante ela, explicando que os bueiros ficam dentro do condomínio. “A gente não sabe quem entope, mas a água não passa”, diz o gerente de loja, Mauro Trindade, morador das proximidades. 

A assessoria de imprensa da Secretaria Regional VI informou, por meio de nota, que deve enviar uma equipe do núcleo de Conservação e Serviços Públicos até o local em até 24 horas para avaliar o problema. “Só depois da vistoria técnica podemos nos pronunciar sobre o que está ocasionando o ponto de alagamento”, diz a nota.
Com as chuvas desta madrugada, semáforos apresentaram falhas e ruas ficaram alagadas em trechos da Capital. O volume de chuva na capital cearense, entre as 7 horas dessa quarta e as 7 horas desta quinta foi o maior da cidade, neste ano
 
Professor do Departamento de Engenharia Hidráulica e Ambiental da Universidade Federal do Ceará (UFC), Osny Eneas informa que os bueiros são entupidos, principalmente por areia e material descartável. “Antigamente, se adotava a política de fazer uma grelha tampando as entradas dos bueiros, mas esse material acabava sendo roubado”, diz o professor. Agora, os novos bueiros deixam as bocas abertas, mas sem comprometer a segurança do pedestre. O problema, segundo ele, é o lixo que é arrastado pela chuva.

“A  ideia que é que haja uma manutenção periódica, principalmente nos meses que antecedem as nossas chuvas”, explica o professor. E, principalmente, uma conscientização da população em não jogar lixo no chão.
 
Redação O POVO Online

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