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Após protestos, oficial da Polícia Militar é promovido

O agora tenente coronel Mateus Figueiredo de Farias suspeitava que a demora efetivação do direito se deva a uma retaliação do Comando Geral. Ele chegou a processar o Estado por danos morais
11:50 | Dez. 08, 2016
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[FOTO1] Foi publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) dessa terça-feira, 7, a promoção a tenente coronel do então major Mateus Figueiredo de Farias. O oficial havia realizado manifestações para ser promovido, em agosto e novembro últimos, respectivamente, no cruzamento das avenidas Santos Dumont e desembargador Moreira, e em frente à sede da Procuradoria Geral do Estado (PGE).
  
O major cobrava a promoção, que, segundo ele, tinha direito desde janeiro de 2015, por antiguidade. Ele chegou a escrever uma carta, divulgada em redes sociais, denunciando a "injustiça" por ter ficado de fora da promoção coletiva ocorrida em maio de 2015. Ele supunha que a preterição era motivada por ter processado o Estado por danos morais. Em 1999, quando era tenente, ele foi preso por quatro dias após ser acusado de indisciplina. Ele estava, segundo a acusação, atrapalhando um seminário ao realizar ligações telefônicas. Após ser advertido por um superior, "ratificou seus atos indisciplinares, retirando-se acintosamente do local, sem qualquer satisfação e em total desrespeito àquele Oficial Superior", como consta no Boletim do Comando Geral (BCG) da PM nº 183 de 30 de setembro de 1999. 
  
[SAIBAMAIS] 

"Esta poderia ser mais uma história de injustiça, somente uma, mas não é assim na PM. Esta é uma de tantas outras situações que vivi e presenciei ao longo dos meus 29 anos, e estou sofrendo mais uma vez", chegou a escrever à época. Em, nota a Polícia Militar (PM) nega a relação e afirma que o processo seguia os trâmites normais. 

Em 9 de agosto deste ano, a promoção ao cargo de major foi retroagida, a contar de dezembro de 2014, de forma a permitir que ele esteja apto para tornar-se tenente- coronel. Os documentos que garantiriam esta promoção, no entanto, ficaram cerca de dois meses na PGE até serem assinados. 

Redação O POVO Online

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