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'É inocência dizer que economia e política descolaram'

09:36 | 16/07/2017
Na avaliação do economista-chefe do banco Credit Suisse, Nilson Teixeira, a calmaria que se instalou no mercado financeiro em relação à recessão brasileira reflete uma certa "paciência" global com países emergentes e a crença de que o País fará reformas após a eleição de 2018.

Mas ele argumenta que há risco de uma crise fiscal até lá. Para evitá-la, seria preciso que o Congresso e as assembleias legislativas tivessem força para aprovar corte de gastos - algo que depende de uma reforma política: "Eu chego a dizer que a reforma política é mais importante que a da Previdência".

"Essa é a pergunta que mais tenho ouvido", afirmou, ao ser perguntado por que o mercado está tão calmo quando se discute se outro presidente fica ou sai. "Nossa resposta é que há dois blocos de razões. Primeiro, o cenário externo. Em relação aos Estados Unidos, a percepção é de que o aumento de juros será gradual. Na Europa, a recuperação segue lenta, mas com inflação bem comportada. São cenários benignos para os emergentes", afirmou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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