Goldman Sachs: governo fez 'o necessário' para entregar meta de déficit primário
"Neste contexto, seria muito importante que o Poder Executivo adotasse ações para diminuir a rigidez estrutural das despesas federais", disse Ramos. Além da reforma da Previdência, ele citou que seria relevante combater a indexação.
"Eu acredito que o governo vai cumprir a meta fiscal deste ano, pois mostra comprometimento e age para que o déficit primário não ultrapasse os R$ 139 bilhões", destacou Ramos. "Se em 2 meses o Poder Executivo perceber que a meta corre risco de não ser atingida, ou porque o crescimento do País será menor ou porque a inflação apresenta maior desaceleração, poderá adotar mais medidas."
Na avaliação de Alberto Ramos, a conjuntura econômica do País deverá gerar um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,6% neste ano. Diante da inflação bem comportada, que ele prevê em 4,2% em 2017, o Banco Central irá cortar os juros em um ponto porcentual na reunião de abril, segundo Ramos, movimento de redução da Selic que deverá levá-la para 8,75% ao final do ano.