S&P estima crescimento de 0,93% do Brasil em 2017 e 2% em 2018
"A nova administração do presidente Michel Temer foi capaz de aprovar uma emenda constitucional no fim de 2016 que limita o crescimento dos gastos do governo, um passo significativo em direção a controlar e eventualmente corrigir uma deterioração substancial nas finanças soberanas", diz a S&P em relatório sobre as tendências para a América Latina este ano.
A agência lembra que o governo também apresentou uma ousada proposta de reforma da Previdência, que é essencial para combater o déficit público. "A capacidade do governo de aprovar essa reforma pode ser afetada pelas atuais investigações sobre corrupção que já envolveram altos políticos", afirma a S&P.
A última vez que a agência alterou o rating do Brasil foi em fevereiro de 2016, quando cortou a nota do País para BB, com perspectiva negativa. Naquela altura, o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff nem havia sido aprovado pela Câmara ainda.
Em novembro último, a diretora de ratings soberanos Lisa Schineller comentou em evento no Rio que um retorno do País para o grau de investimento até 2018 era "improvável". "Realisticamente é muito difícil pensar que o País poderia recuperar (o grau de investimento) antes das próximas eleições", afirmou na ocasião.