Desemprego deve crescer em 2017, mas queda da inflação dá indícios de melhora econômica, aponta pesquisa
O número de desempregados em 2017 deve atingir a marca de 12,5 milhões de pessoasO desemprego no país deve aumentar no próximo ano, a taxa de desempregados que hoje é de 11,9% chegará a 13%, segundo estudo realizado pelo Banco Santander. O levantamento ainda revelou que o número de pessoas desocupadas no país deve chegar a 12,5 milhões de pessoas.
Segundo Rodolfo Margato, economista do Santander, o desemprego no país é reflexo da situação econômica que atravessa o país, a retomada do emprego depende diretamente da recuperação econômica. Para ele, apesar do pessimismo em relação ao emprego em 2017, a economia brasileira deve apresentar sinais de melhoras de forma lenta e gradual até o final do próximo ano.
No entanto, de acordo com o economista, há uma expectativa que até o fim de 2017, a taxa de desemprego começe a recuar como consequência da melhora gradual da economia. Ele ainda destaca uma possível melhora do Produto Interno Bruto do País (PIB). "Neste ano, o PIB terá uma queda de 3,5%, mas para 2017, já se espera uma leve melhora. De acordo com nossas projeções, o PIB deve ter um crescimento de 0,7%", pontuou.
Inflação
Rodolfo destacou que o processo de desinflação que o país vive é um índice que torna possível acreditar em uma melhora da economia já para 2017. Neste ano, a meta do governo era que a inflação fechasse em 4,5% e o teto seria de 6,5%, dois pontos a mais. De acordo com as projeções para 2016, a inflação deve fechar o ano em 6,4%, dentro do teto da meta.
De acordo com o estudo feito pelo banco, a expectativa para dezembro de 2017 é que a inflação chegue a 4,7%. "O processo de desinflação que acontece no Brasil é animador. Se no próximo ano a inflação chegar perto de nossas projeções, há uma grande possibilidade de que o Banco Central anuncie o corte na taxa de juros. Este corte significa o reaquecimento do poder de compra, da indústria, é a recuperação da economia e como consequência teremos a queda na taxa de desemprego. Porém, vale lembrar que redução do desemprego no País é o último indicador a melhorar após a recuperação econômica", destacou.
Instabilidade política
O economista alerta que todas as projeções feitas podem não acontecer, se o caos político continuar no Brasil. A recuperação da economia depende diretamenter da estabilidade política. "Os investidores precisam ter segurança em apostar no Brasil, um cenário político conturbado pode prejudicar muito os investimentos e negócios do Pais", concluiu.
Redação O POVO Online
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