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Adolescente portadora de AME lança livro amanhã, na Cultura
Vida & Arte

Adolescente portadora de AME lança livro amanhã, na Cultura

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A estudante Vitória Almeida, 17, lança amanhã, 22, seu primeiro livro, Agridoce. A obra fala de sua vida como portadora de Atrofia Muscular Espinhal (AME), uma doença degenerativa que compromete os movimentos do corpo. Vitória foi diagnosticada com o problema aos dois anos de idade.

A adolescente conta que demorou um ano e quatro meses para terminar o livro e que a inspiração veio não só de momentos que já viveu, mas também de outros livros que leu. “Eu amo ler. Já li centena de livros. Gosto de dramas, romances e histórias de mulheres fortes e inspiradoras”, revela.


Um dos principais pontos de Agridoce é desmistificar a visão que muitas pessoas têm daqueles que possuem alguma doença. “Muitas pessoas acham que por eu ter uma deficiência eu tenho que ser uma pessoa certinha, sorridente o tempo todo, que tenho que ser exemplo para os outros, eu não gosto disso”, desabafa Vitória. Por isso, ela deixa bem claro na obra que é apenas uma jovem que tem suas limitações como qualquer outra pessoa. “No livro eu coloquei como realmente sou e não como as pessoas pensam”, adianta.


Através do livro, a adolescente pretende demonstrar que a AME não a limita completamente. “Ela vai colocar no livro coisas que dentro do imaginário dela, que tem um cérebro normal mas um corpo inerte, coisas que gostaria de ser, de viver. Mas nada piegas”, comenta Fátima Braga, presidente da Associação Brasileira de Amiotrofia Espinhal (Abrame). A presidente ainda comenta que ideia é mostrar o quanto as pessoas com uma doença rara podem ser felizes dentro da sua realidade. “É o livro de uma adolescente forte, decidida, batalhadora e que tá lutando dia a dia”.


Sobre o fazer literário, Vitória conta que todo o processo foi muito prazeroso “e fácil, pois eu amo escrever”, diz. “Eu só coloquei o que sinto e penso. Deixei fluir e foi acontecendo naturalmente. A parte um pouquinho complicada foi a publicação”, emenda. Com a ajuda da mãe, Antônia Almeida, elas encontraram uma editora para publicação. “Ela sempre me apoiou e me ajudou em tudo. Nada disso teria acontecido sem a ajuda dela”, completa. (Larissa Pacheco/Especial para O POVO)

 

SERVIÇO

 

Lançamento Agridoce Quando: sábado, 22, às 17 horas

Onde: Livraria Cultura (avenida Dom Luís,1010)

Entrada franca


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