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"A gente se vira como pode", lamenta músico
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"A gente se vira como pode", lamenta músico

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Sem receber regularmente, o violista Inácio Saldanha conta que tem sido difícil lidar com esses entraves. “Foi bem difícil no início. Meu primeiro filho estava chegando e tudo era muito nebuloso. Um dia estávamos realizando um concerto maravilhoso e no outro tínhamos indefinições. Realmente fiquei sem chão”.


“A gente antes se reunia, todo mundo, todo dia. Agora não é mais possível”, conta Humberto de Castro, que toca violino desde os 10 anos. O músico comenta que alguns colegas da Orquestra trabalham em “bicos”, inclusive fora da música. “Um dá aulas, outro trabalha de caixa em estacionamento. A gente se vira como pode”. Ele conta ainda que alguns músicos da Orcec têm anos de dedicação à música, “sendo formados por conservatórios de renome até”, e que o grande problema é ter que se distanciar dos estudos dos instrumentos. “Todo trabalho é digno, mas acabamos nos submetendo a outras coisas e as pessoas se aproveitam da nossa fragilidade. Como músicos, a gente queria ter uma vida financeira normal”. (Larissa Pacheco)

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