Palco para todos os ritmos, cores e sabores, o Dragão Fashion Brasil (DFB) foi mais do que moda, arte, música, gastronomia e formação. Em sua 18ª edição, de 24 a 27 de maio, no Terminal Marítimo de Fortaleza, ecoou a união e troca de culturas com País vizinho. Fazendo ponte com o Peru, foi além e expandiu seu background de referências, consagrando-se o maior encontro da moda autoral da América Latina.
Com o tema “Viva Essa Festa”, atraindo cerca de 40 mil pessoas nos quatro dias de festival, segundo a organização, o DFB tomou fôlego novo para brilhar de glitter dourado junto a 43 desfiles, todos com casting 100% nordestino. A estreia do cearense Ricciardo Gomes deu início à última noite do line-up, neste sábado, 27, com um mix de desfile e intervenção na Sala do Fogo.
[FOTO2]Outro apaixonado pelas provocações contemporâneas, Jeferson Ribeiro, da Bahia, narrou uma nova feminilidade na “vitrine” do Dragão Fashion. “Precisamos pensar o feminino hoje como uma reaproximação entre os corpos, uma reconexão com o sagrado e uma valorização dos processos orgânicos e manuais”, entende o designer. Ronaldo Silvestre, consagrado no Sudeste do País, comandou fashion show com Dani Gondim no time de models. “Traçamos uma coleção atemporal seguindo o movimento Slow Fashion aliando sustentabilidade ao feito à mão”, comentou ele.
[FOTO3]O paulistano Weider Silveira, que também desfila na Casa de Criadores, em São Paulo, fez da passarela do DFB uma pista de flamenco para espanholas com vestidos parecendo camisaria alongada, porém com a sensualidade dos babados na barra. “Ela tem elementos de uma dançarina de flamenco, mas ao mesmo tempo ela é uma mulher boyish, que usa a camisa do marido”, definiu.
Da mulher moderna saída de La Isla Bonita, de Madonna, um mergulho no beach couture da cearense Bikiny Society. A marca, da designer Paula Pinto, transformou o desfile em uma experiência sensorial. O convite era: pés na areia, literalmente. Dani Gondim, estrela maior das passarelas do DFB Festival 2017, abriu o fechou a sequência de moda praia. “É a essência da marca, clássica, artesanal e chique, inspirada pela Riviera de Tulum, no México”, explica Paula.
A coleção, de cores neutras e formas minimalistas, casa a natureza rústica do lugar com o design contemporâneo característico da etiqueta “eco-chic”. Diversidade de body, biquíni de triângulo com amarração diferenciada na parte superior, a cor papaya e o uso da cortiça como material sustentável no beachwear orientam esse novo caminho da label.
Antes do último desfile, o idealizador do Dragão, Cláudio Silveira, anunciou os três vencedores do concurso para novos talentos do DFB. Centro Universitário de João Pessoa (PB)ganhou o 1º lugar, seguida do curso de moda da Unifor (CE) e da Faculdade Santa Marcelina (SP).