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Leonilson 60 anos
Vida & Arte

Leonilson 60 anos

O artista cearense Leonilson (1957-1993) ganhou fama mundial pelo traço nômade e pela construção poética. Exposição e lançamento de Catálogo Raisonné acontecem em 14 de março
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Leonilson traduziu o mundo em pequenas coleções sentimentais. Desenhista, pintor e gravador, o cearense ganhou os roteiros internacionais com uma obra predominantemente autobiográfica. Hoje, 1º de março, ele completaria 60 anos. Vítima de Aids, Leonilson morreu em 1993, em São Paulo. As centenas de produções deixadas pelo artista visual ressoam em coleções particulares, nos estudos universitários e em um público jovem permanentemente interessado na estética.

[SAIBAMAIS]

Para marcar as comemorações pela data, haverá uma exposição com 120 obras de Leonilson, a partir de 14 de março, no Espaço Cultural Unifor. Parte das peças utilizadas na mostra é oriunda de coleções particulares e permanecia inédita ao grande público. Leonilson: Arquivo e Memória Vivos tem produção executiva da Base7 Projetos Culturais e organização da Fundação Edson Queiroz e do Projeto Leonilson, órgão formado por familiares e amigos do artista.


Ricardo Resende, curador da exposição, ressalta a atualidade nas centenas de peças deixadas por Leonilson. “É uma obra que se mantém atual. Não envelhece. Tem diálogo com a realidade. A mensagem da obra está de acordo com a contemporaneidade. Os jovens com seus dilemas, com suas dúvidas e com suas questões encontram ressonância. Leonilson tem um apelo com a juventude: ele se comunica com essas pessoas”.

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Haverá, ainda, o lançamento do aguardado Catálogo Raisonné de Leonilson. A publicação é uma pesquisa que abrange e detalha tudo que há para saber sobre determinada produção. O instrumento ganhou relevância por oferecer inventários das obras de artistas como Tarsila do Amaral e Volpi - com documentos, imagens e biografias. Serão mil páginas sobre Leonilson distribuídas em três livros - destaca Ricardo, que editou o catálogo. “Nós pesquisamos durante mais de 20 anos. Quando começamos a trabalhar e a mergulhar na produção, apareceram informações e obras se revelaram. Peças que não sabíamos onde estavam foram descobertas”, aponta Ana Lenice Dias, irmã do artista e presidente do Projeto Leonilson.


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